De prestigiado líder nacional dos tucanos, Aécio Neves tornou-se quase uma persona non grata no partido. Quase, sim, pois, a despeito de ser evitado por marqueteiros de seu afiliado político Antônio Anastasia, que concorre ao governo de Minas, e tendo sido escanteado pela campanha nacional de Geraldo Alckmin, o mineiro recebeu R$ 2 milhões do fundo partidário destinado ao PSDB.
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Os valores que recebeu Aécio tratam-se da maior fatia do fundo partidário dirigida a um candidato a deputado federal pelo PSDB em Minas Gerais. Para se ter uma ideia, o presidente estadual do partido, Domingos Sávio, que busca reeleger-se deputado, recebeu R$ 900 mil, figurando em segundo lugar entre os maiores beneficiários do fundo.
Em seguida, vem o vice-presidente da legenda no estado, Paulo Ackel, que recebeu R$ 500 mil. Outra tucana de expressão em Minas, Cidinha Campos teve direito a R$ 80 mil.
A ideia inicial do candidato à presidência da República em 2014 era candidatar-se ao Senado. Encurralado, contudo, pelas delações da JBS, Neves desistiu de tentar a reeleição ao Senado, casa para a qual Dilma será a candidata petista, preferindo tentar uma vaga na Câmara dos Deputados.
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Dirigentes do partido consideram que seria tóxico para Antônio Anastasia , candidato tucano ao governo de Minas Gerais, a superexposição de Aécio na campanha.
O entendimento do PSDB é que quanto menos Neves aparecer na campanha, mais favorecido será Anastasia, seu ungido político que o sucedeu no governo do estado em 2010 e que vem sendo bem cotado em pesquisas eleitorais.
Além disso, a possibilidade de Aécio Neves ser derrotado na corrida senatorial não era baixa. Embora as eleições deste ano contem com duas vagas no Senado para cada estado, o tucano teria de concorrer contra a ex-presidenta Dilma Rousseff , adversária política que o venceu em Minas Gerais em 2014.
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