O candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, deve ser levado à sua casa, num condomínio da zona oeste do Rio de Janeiro, tão logo receba alta do hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo, onde ele está internado há 12 dias em razão do ataque a faca sofrido no dia 6 deste mês.
Um dos filhos do presidenciável, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro, disse que seu pai deseja participar do último debate entre os candidatos à Presidência antes do primeiro turno, que será realizado pela TV Globo
no dia 4 de outubro. "Se o médico liberar, vontade não falta", disse o filho de Jair Bolsonaro
à reportagem do Uol
.
Submetido já a duas cirurgias desde que se tornou vítima de atentado cometido por Adelio Bispo de Oliveira, que está preso, Bolsonaro ainda não tem previsão de alta e segue internado na Unidade Semi-Intensiva do Hospital Albert Einstein. De acordo com o último boletim divulgado pelo centro médico, na tarde de ontem, o candidato apresenta "evolução clínica satisfatória e boa resposta ao tratamento realizado até o momento".
Bolsonaro encontra-se sem febre e ainda recebe alimentação exclusivamente por via endovenosa. Segundo o hospital, o ex-capitão do Exército de 63 anos de idade está com sua função intestinal em recuperação.
Ainda conforme Eduardo Bolsonaro
disse ao Uol
, a família do presidenciável pode vir a acionar o serviço de home care [atendimento a domicílio] quando o deputado for liberado a voltar para casa, se os médicos disserem ser recomendado.
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Para aliado de Jair Bolsonaro, pesquisa Ibope é "mandraque"
Na noite dessa terça-feira (18), aliados do candidato se reuníram em São Paulo após visita a Bolsonaro no hospital. De acordo com o senador Magno Malta (PR-ES), foi entregue ao candidato um relatório sobre sua campanha e também houve conversa sobre a última pesquisa de intenções de votos, divulgada na noite de ontem pelo Ibope .
"A pesquisa é mentirosa. Mandraque. A eleição vai se definir no primeiro turno", afirmou Malta em vídeo publicado em suas redes sociais.
A referida pesquisa aponta Bolsonaro como líder na corrida presidencial, com 28% de preferência, seguido pelo candidato do PT, Fernando Haddad, que tem 19% e hoje seria o adversário do ex-capitão do Exército no segundo turno.
Nos últimos dias, a equipe do candidato do PSL vem enfrentando divergências internas sobre os rumos da campanha . Enquanto lideranças como o presidente do partido, Gustavo Bebiano, pregam a ideia de que "agora é guerra", outros têm defendido a estratégia de 'pacificação'. Dentro desse segundo grupo, há opiniões distintas sobre até que ponto é possível usar a imagem de Jair Bolsonaro como vítima de intolerância sem que ele seja tomado como uma pessoa frágil.