Reprodução/Facebook/Marco Antônio Neves Cabral
"Você não merece pagar pelos meus erros", diz Sérgio Cabral em carta a seu filho

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral escreveu carta ao filho Marco Antônio Neves Cabral, que é candidato a deputado federal pelo MDB, reconhecendo que "errou" e defendendo que seu filho "não pague por seus erros" na eleição de outubro.

A carta de Sérgio Cabral data de 7 de setembro e foi reproduzida por Marco Antônio em seu Facebook nesta segunda-feira (17). Condenado já em sete ações penais da Operação Lava Jato , com penas que somam 183 anos de prisão, o ex-governador afirma no texto que está lutando para não ser punido por crimes que não cometeu.

“A fé em Deus e o amor de nossa família tem sido as bases para superar e enfrentar a privação da liberdade", diz Cabral, que está preso já há quase dois anos. "Mas a vida é uma benção. Nos altos e baixos devemos refletir sobre nossos erros e acertos. Na Justiça, luto com a minha defesa para não ser punido pelo que não fiz e assumir os erros que, infelizmente, cometi", continua o emedebista.

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"Quem errou fui eu", apela Sérgio Cabral em carta ao filho

Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016; ex-governador é acusado de chefiar organização criminosa no Rio
Twitter/Reprodução
Sérgio Cabral está preso desde novembro de 2016; ex-governador é acusado de chefiar organização criminosa no Rio

Assumindo o papel de cabo eleitoral, Cabral exalta a carreira política do filho e faz apelo para que os eleitores não "punam" Marco Antônio nas urnas por conta dos erros do pai.

"Você não merece pagar pelos meus erros. Você fez um lindo mandato e merece a reeleição. Quem errou fui eu. E a população do Rio sabe disso.  Você aprendeu com os erros do seu pai e tem a sua vida pública própria. Carrega consigo a sensibilidade com os mais humildes e que mais precisam da presença do poder público. Apresentou projetos de lei de enorme alcance social. Filho , desculpe pelos meus erros. Que Deus te proteja e te guie. Te amo muito", finaliza Cabral.

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Acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de ser chefe de uma organização criminosa que desviou milhões dos cofres públicos do Rio mediante a acordos com empresas – em sua maioria, construtoras – e fraudes em contratações para obras no estado, Sérgio Cabral está detido desde novembro de 2016. Ele já passou por três penitenciárias e hoje está preso em Bangu 8, na zona oeste da capital fluminese.

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