Agressor de Bolsonaro, Adelio Bispo de Oliveira foi transferido pela Polícia Federal neste sábado
Tomaz Silva/Agência Brasil - 7.9.18
Agressor de Bolsonaro, Adelio Bispo de Oliveira foi transferido pela Polícia Federal neste sábado

Um dos advogados de Adelio Bispo de Oliveira , autor do ataque a faca contra o candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), refutou os boatos de que a defesa do agressor de Bolsonaro estaria sendo custeada por grupos políticos.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo , Zanone Manuel de Oliveira Júnior garantiu que foi contratado por uma pessoa de Montes Claros (MG) que preferiu manter a identidade em sigilo. Esse contratante, segundo Zanone Manuel, conhece o agressor de Bolsonaro por meio de atos religiosos.

"É filantropia", disse o advogado. "Não sei por meio de qual igreja eles se conhecem. Adelio tem conhecidos que são Testemunhas de Jeová, mas não tenho certeza se a pessoa que me contratou é Testemunha de Jeová", completou.

Zanone Manuel de Oliveira Júnior é especialista em casos de homicídio e, no passado, já ganhou holofotes ao defender na Justiça o ex-policial civil Marcos Aparecido dos Santos , o Bola, que acabou condenado a 27 anos de prisão pelo assassinato, em 2010, da modelo Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno.

Além de Zanone, integram ainda o corpo de defesa do agressor os advogados Fernando Costa Oliveira Magalhães, Marcelo Manoel da Costa e Pedro Augusto de Lima Felipe e Passa, todos com atuação em Minas Gerais.

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Vaquinha no WhatsApp para pagar defesa do agressor de Bolsonaro

Oliveira Júnior disse à  Folha que foi procurado por um intermediário da pessoa que o contratou e que, após isso, ele próprio convidou os demais advogados para atuarem com ele. "Parece que estão organizando vaquinhas na igreja, por meio de grupos de WhatsApp, para o pagamento também no processo", disse o advogado, que foi inicialmente contratado para atuar somente na fase de inquérito.

Adelio Bispo de Oliveira, de 40 anos de idade, foi preso em flagrante ao esfaquear Bolsonaro durante comício em Juiz de Fora, na última quinta-feira (6). Ele foi  indiciado pela Polícia Federal por prática de "atentado pessoal por inconformismo político" com base em artigo 20 da Lei de Segurança Nacional.

O agressor de Bolsonaro foi transferido nesse sábado (8) para um presídio federal em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, onde permanecerá em isolamento. A Justiça já autorizou a quebra do sigilo telefônico de Adelio para investigar se ele contou com ajuda de outras pessoas para atentar contra o candidato do PSL à Presidência.

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