Ministro Barroso, relator da investigação contra Temer no STF
Nelson Jr./SCO/STF - 1.8.17
Ministro Barroso, relator da investigação contra Temer no STF

Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (1) a continuidade das investigações da Polícia Federal (PF) envolvendo o presidente Michel Temer e empresas do setor portuário. O ministro Barroso extende, assim, por 60 dias a investigação contra Temer.

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Barroso é relator do caso do decreto dos portos e decidiu pelo andamento das investigações sobre o possível pagamento de propinas a Temer. O despacho do ministro foi encaminhado ao delegado Cleyber Malta Lopes, que, por decisão do ministro, não poderá ser afastado da investigação por superiores sem a justa explicação. O ministro Barroso extende a investigação contra Temer depois de ouvir a opinião do Ministério Público, favorável ao aumento do prazo.

Raquel Dodge, procuradora-geral da República, se colocou a favor da continuidade das investigações.  Temer é investigado por supostamente ter recebido propina da Rodrimar, empresa que opera o Porto de Santos (SP).

Em troca, ele teria favorecido a empresa por meio do decreto assinado em maio do ano passado que regulamenta contratos de concessão e arrendamento do setor portuário. Rocha Loures, que já foi gravado recebendo mala com R$ 500 mil de executivos da JBS, teria sido o responsável por retirar a propina da Rodrimar a Temer. Os dois negam as acusações.

Além desse inquérito que investiga propinas a Temer pelo setor portuário, o presidente também é alvo de outro processo que apura suposta corrupção da Odebrecht a campanhas do MDB por meio de doações eleitorais via caixa dois. Nesse processo, também são investigados, a pedido da PGR , os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).

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Ministro Barroso estende investigação contra Temer
Cesar Itiberê/PR/Agência Brasi
Ministro Barroso estende investigação contra Temer

Mais resultados das quebras de sigilo fiscal realizadas pela Polícia Federal no âmbito da operação Skala, que investiga supostos atos de corrupção na redação do Decreto dos Portos assinado por Michel Temer (MDB) em 2017, começam a ser conhecidos pela imprensa.

De acordo com o jornal  Folha de S.Paulo  , foram encontrados R$ 23,6 milhões em contas ligadas ao coronel da reserva João Baptista Lima , amigo pessoal de Temer . A maior parte do dinheiro, cerca de R$ 20 milhões, estaria em contas de empresas do coronel, e o restante em uma conta pessoal em seu nome. Os dados constam no processo relatado pelo ministro Barroso .

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