A convenção estadual do Partido dos Trabalhadores em São Paulo confirmou a candidatura de Luiz Marinho ao governo do estado e apresentou, também, os nomes de Eduardo Suplicy e Jilmar Tatto para disputar as vagas no Senado Federal. Mas o principal assunto do evento foi, naturalmente, Luiz Inácio Lula da Silva.
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Durante a convenção, o PT reafirmou a vontade de lançar o ex-presidente Lula como candidato do partido na corrida pelo Planalto. A militância voltou a questionar a legitimidade da sentença que condenou o líder petista à prisão, que ele cumpre em Curitiba desde abril.
Uma carta escrita pelo ex-presidente por ocasião da convenção estadual foi lida por Ana Estela Haddad, mulher do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, que é também coordenador do programa de governo da candidatura do ex-presidente.
"Aqueles que ajudaram a chocar o ovo do pato amarelo, os que traíram o voto de 54 milhões de brasileiros", leu Ana Estela, “não são dignos, não nos representam e não conseguirão nos derrotar".
Fernando Haddad , que é cotado para substituir Lula caso o nome do ex-presidente seja mesmo barrado pelo Tribunal Superior Eleitoral, discursou na convenção e falou sobre seus encontros com o líder petista na prisão.
"Ele está com a mesma energia de sempre, ou ainda mais. Tem consciência histórica de por que está num cubículo de 15 m quadrados”, disse.
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O ex-prefeito também cumprimentou Luiz Marinho por sua escolha como candidato do partido em São Paulo. "Marinho, você vai ter uma missão, meu querido. Derrotar o Doria e tirar o PSDB do governo", disse.
Marinho também teve sua vez de falar aos militantes. Ele disse que quer vencer as eleições “para ajudar Lula a governar o Brasil, para o Brasil ser feliz de novo" e criticou seus opositores do PSDB.
“Os tucanos não gostam de pobre, só da elite", disse o candidato, que também fez críticas nominais.
Ele chamou o ex-prefeito de São Paulo João Doria de “mentiroso, homem sem palavra”, por ele ter contrariado a promessa que fez de terminar seu mandato na prefeitura paulistana – Doria renunciou na metade do percurso para se candidatar ao governo do estado.
"Não vamos deixar que repita as mentiras que usou na campanha de 2016. É um produto de marketing", concluiu Luiz Marinho, que é homem de confiança de Lula .
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