O senador norte-americano Bernie Sanders, que foi pré-candidato à Casa Branca em 2016, assinou uma carta, ao lado de 28 parlamentares do Partido Democrata, em solidariedade a Luiz Inácio Lula da Silva. O petista cumpre pena em Curitiba após ser condenado em 2ª instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, muito embora ainda caibam recursos à condenação. Bernie Sanders e 28 congressistas dos EUA enviaram a carta ao governo brasileiro.
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Na carta, os congressistas norte-americanos afirmam que o líder petista é alvo de "acusações não comprovadas" e de um julgamento "altamente questionável e politizado". Além disso, Bernie Sanders e 28 congressistas dos EUA denunciam a "intensificação do ataque à democracia e aos direitos humanos no Brasil".
O documento diz que o ex-presidente Lula deve responder em liberdade e que a "luta contra a corrupção não deve ser usada para justificar a perseguição de opositores políticos ou negar-lhes o direito de participar livremente de eleições".
A carta também cita o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e diz que há evidências "críveis" do envolvimento de "membros das forças de segurança do Estado" no crime. Os dois casos são tratados como exemplos da "ameaça à democracia" no Brasil.
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O ex-presidente Lula está preso desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância a 12 anos e um mês de prisão no "caso triplex". Ainda assim, de acordo com a pesquisa eleitoral Vox Populi/CUT, divulgada nesta quinta-feira (26), o ex-presidente lidera a corrida presidencial, alcançando 41% das intenções de voto.
Por seu alto índice de preferência junto ao eleitor, a carta dos congressistas americanos trata Lula como “o principal candidato presidencial” para as eleições presidenciais de outubro.
O documento assinado por Bernie Sanders e 28 congressistas dos EUA ainda chama o governo do presidente Michel Temer (MDB) de “extrema direita”, e critica o corte de gastos da gestão e a mudança das leis trabalhistas.
* Com informações da Ansa
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