Cerca de 20 manifestantes a favor da liberdade de Lula derramaram tinta vermelha em uma das entradas do prédio principal do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (24). O grupo, que estava com cartolinas representando a Constituição e a Carteira de Trabalho, saiu do local gritando “Lula Livre!”.
A área, conhecida como Salão Branco, é por onde os ministros costumam entrar para as sessões plenárias. O protesto durou cerca de 10 minutos, e foi encerrado quando os seguranças do STF tentaram impedir que a sede do tribunal fosse pintada com tinta vermelha. Os manifestantes a favor da liberdade de Lula foram embora em duas vans.
O grupo não foi identificado e ninguém foi detido. A Polícia Federal foi acionada para investigar o ocorrido. Durante o protesto, que ocorreu por volta das 12h30, os manifestantes entoaram uma paródia da música “Funeral de um Lavrador”, de Chico Buarque, com letra contra a reforma trabalhista e a política de preços da Petrobras.
Leia também: Ministro do STJ nega pedido para Lula dar entrevistas na prisão
Esta não foi a primeira vez que o prédio principal do STF serviu de palco para manifestações contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na última sexta-feira (20) um grupo fez uma manifestação também no Salão Branco.
Lula foi preso em 7 de abril após ter sua condenação por corrupção e lavagem de dinheiro confirmada na segunda instância no caso do tríplex no Guarujá (SP). Desde então ele é mantido na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba.
Prédio de ministra foi alvo de ato em prol da liberdade de Lula
Em abril, o prédio onde a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, mantém um apartamento, em Belo Horizonte, foi vandalizado por militantes do PT . Manifestantes jogaram tinta vermelha nas paredes do edifício e escreveram “Cármen golpista” na escada da entrada o imóvel.
Segundo informações da revista Veja, a ação em prol da liberdade de Lula em frente ao prédio de Cármen Lúcia durou pouco mais de dez minutos. Na época, o voto da ministra foi decisivo para negar a Lula um habeas corpus preventivo, o que culminou no decreto de prisão do petista pelo juiz Sergio Moro.