O PDT oficializou, nesta sexta-feira (20), o lançamento de Ciro Gomes como candidato da legenda à Presidência da República. A indicação do partido foi feita na convenção nacional, que reuniu uma série de filiados. “Ciro tem a responsabilidade de ser a síntese do Brasil soberano, mais justo e mais soberano”, afirmou o presidente do PDT, Carlos Lupi.
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O candidato, que é conhecido por ser uma pessoa 'sem papas na língua', foi eleito por aclamação dos filiados que participaram do evento. Em seu primeiro discurso como candidato, Ciro Gomes afirmou que, por falar "10 horas por dia", pode errar "aqui e ali", mas, mesmo nos acertos, não espera agradar a todos em seus discursos. "Nunca tive pretensão de ser um anjo", afirmou.
A convenção reuniu integrantes do Diretório Nacional e do Conselho Político, representantes de movimentos sociais vinculados ao partido, senadores, deputados federais e estaduais, delegados e presidentes das comissões provisórias.
Ainda em sua fala, o candidato a presidente afirmou que é preciso acabar com "a cultura de ódio" no País e com "essa ideia de brasileiro contra brasileiro se ferindo pela internet". Para ele, é necessário unir todos os segmentos da sociedade para resolver os problemas do Brasil, "porque ninguém é dono da verdade". Na convenção, o partido não definiu o candidato a vice-presidente nem as demais legendas que integrarão a chapa.
A expectativa da cúpula do PDT é que a eleição presidencial alavanque o partido nos estados. O presidente do PDT tem falado, inclusive, em eleger este ano uma bancada de pelo menos 40 deputados federais. Atualmente o partido tem 19 deputados federais e três senadores.
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Até agora, o PDT tem oito nomes para disputar os governos estaduais: Waldez Góes (AP), Lígia Feliciano (PB), Carlos Eduardo Alves (RN), Jairo Jorge (RS), Pedro Fernandes (RJ), Acir Gurgacz (RO), Odilon de Oliveira (MS) e Osmar Dias (PR).
Conheça o candidato: quem é Ciro Gomes?
Esta é a terceira vez que Ciro será candidato à Presidência da República. Isso porque, em 1998 e 2002, ele concorreu ao cargo pelo PPS. Candidato de 60 anos, ele tem quatro filhos.
Natural de Pindamonhangaba (SP), o político construiu sua carreira no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época.
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Depois disso, Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula, e tocou o projeto de Transposição do Rio São Francisco. Logo após, deixou a Esplanada dos Ministérios para concorrer a deputado federal e foi eleito. Ciro está no sétimo partido desde que entrou para a política (também foi filiado a PDS, PMDB, PSDB, PPS, PSB e PROS).
* Com informações da Agência Brasil.