Filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) de 1991 a 2010, procurador da prefeitura de Porto Alegre na gestão Tarso Genro nos anos 1990 e assessor da Casa Civil no governo Lula e do Ministério da Justiça quando Tarso era ministro.

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Rogério Favreto foi filiado ao PT e ocupou cargos durante governos petistas
Sylvio Sirangelo/TRF4 - Flickr TRF-4
Rogério Favreto foi filiado ao PT e ocupou cargos durante governos petistas

Trabalhou no primeiro governo de Lula ao lado do ex-ministro José Dirceu e com a presidente cassada Dilma Rousseff, enquanto ela era ministra da Casa Civil. Esse é um pequeno histórico do desembargador federal Rogério Fraveto, que mandou soltar o ex-presidente Lula neste domingo.

A decisão de conceder a liberdade ao ex-presidente petista veio acompanhada de um constragimento ao poder judiciário. O despacho de Fraveto foi condenado pelo juiz Sergio Moro, pelo desembargador João Pedro Gebran Neto (relator da Lava Jato na 2ª instância) e pelo próprio Ministério Público Federal.

Coube ao desembargador federal João Pedro Gebran Neto, relator dos processos da Lava Jato em segunda instância,  devolver a ordem para casa e deixar o ex-presidente preso  em Curitiba. "Para evitar maior tumulto para a tramitação deste habeas corpus, até porque a decisão proferida em caráter de plantão poderia ser revista por mim, juiz natural para este processo, em qualquer momento, DETERMINO que a autoridade coatora e a Polícia Federal do Paraná se abstenham de praticar qualquer ato que modifique a decisão colegiada da 8ª Turma", disse em despacho que vetou o habeas corpus.

Fraveto estava de plantão no Tribunal Regional Federal da 4ª Região quando acolheu o pedido de liberdade feito por três deputados do PT, Paulo Teixeira (PT-SP), Paulo Pimenta (PT-RS) e Wadih Damous (PT-RJ).

Posicionamento do desembargador que pediu soltura de Lula

No TRF4, Favreto mostrou um posicionamento contra o juiz da Lava Jato em um processo que se discutia a conduta de Moro de tornar públicas as gravações de telefonemas de Lula com a ex-presidente Dilma Rousseff .

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Questionado pela Folha de S.Paulo, o magistrado afirmou que se desfiliou do partido de Lula em 2010, antes de virar juiz. Sua mãe e uma de suas irmãs também foram filiadas à sigla. Hoje, ele é um dos relatores de processos cíveis da Lava Jato na corte de Porto Alegre, responsável por rever as decisões da primeira instância de Curitiba. O tribunal ainda não analisou o mérito de nenhum deles, que tramitam de forma mais lenta que os criminais.

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