O ex-presidente Lula estava cético quanto a possibilidade de Moro obedecer ordem judicial
Reprodução/Le Monde
O ex-presidente Lula estava cético quanto a possibilidade de Moro obedecer ordem judicial

O ex-presidente Lula duvidava muito que o juiz Sérgio Moro fosse cumprir a ordem de soltura expedida neste domingo (8) pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região.

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De acordo com o deputado federal Wadih Damous, advogado do ex-presidente e que está em contato direto com ele nas últimas horas, Lula estava cético quanto a possibilidade de ser solto ainda neste domingo.

O petista já esperava que fosse haver resistência do juiz em cumprir a ordem judicial. Há a possiblidade, também, de o Ministério Público recorrer da decisão do desembargador Rogério Favreto, que concedeu liberdade a Lula nesta manhã.

O relator do caso de Lula no TRF-4, Gebran Neto, já determinou que a ordem de Favreto não seja cumprida. Permanece assim o impasse jurídico. O Supremo Tribunal Federal ainda não se pronunciou sobre o caso.

Lula estava cético; manifestantes, otimistas

Um ato para comemorar a saída do ex-presidente Lula da prisão está sendo organizado por apoiadores do líder petista. Um público de cerca de quatrocentas pessoas já se acumula nas imediações da sede da Polícia Federal na capital paranaense, onde o ex-presidente se encontra preso.

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A expectativa é que o ato para receber Lula receba mais manifestantes nas próximas horas. Um impasse jurídico foi formado neste domingo (8): o desembargador do Tribunal Regional da 4ª região (TRF-4) Rogério Favreto concedeu liberdade ao ex-presidente, mas o juiz Sérgio Moro afirmou, em despacho, que Favreto é “incompetente” para julgar a questão, impedindo assim que o líder petista deixe a carceragem.

O relator do caso no TRF-4, conhecido como ‘segunda instância’ da operação Lava Jato no Paraná, João Pedro Gebran Neto foi acionado por Moro para indica-lo como proceder. Ele determinou que Lula continue preso.

Manifestantes na sede da Polícia Federal, contudo, criticam a decisão de Gebran e Moro. Eles apontam que, por Moro estar de férias, ele não tem jurisdição sobre o caso.

A assessoria da Justiça do Paraná chegou a se manifestar sobre as férias do juiz. “Moro informou que está de férias de 2 a 31 de julho. Por ser citado como autoridade coautora no Habeas Corpus, ele entendeu possível despachar o processo”.

Policiais militares também chegam ao local. Detratores e apoiadores do ex-presidente trocaram alguns insultos, mas, até o momento, nenhum conflito físico foi registrado. Mas, mesmo com mobilização popular, após impasse jurídico Lula estava cético quanto a possibilidade de ser solto neste domingo (8), diz advogado.

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