Deputado federal desde 2011, o pastor Marco Feliciano (Podemos-SP) viu o seu nome entrar nos Trending Topics do Twitter – como um dos assuntos mais comentados na rede social – na manhã desta quinta-feira (5). O motivo foi uma pergunta que ele fez na sua página oficial no Facebook. Na enquete de Feliciano, o pastor perguntava se depressão era "causada por uma doença natural ou por demônios".
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A pergunta do deputado federal, feita na noite dessa quarta-feira (4), já havia recebido mais de 290 mil respostas por volta das 10h45 de hoje. Na enquete de Feliciano , 81% dos internautas confirmavam que a depressão é causada por uma doença natural, enquanto que 19% votaram na opção 'demoníaca'.
A depressão é uma doença , que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), afeta hoje 322 milhões de pessoas em todo o mundo. Esse total, que representa cerca de 5% da população mundial, só deve aumentar com o tempo, fazendo com que a doença se torne a segunda maior preocupação em termos de saúde pública no planeta. Afinal, em dez anos, de 2005 a 2015, esse número cresceu 18,4%.
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Diante da pergunta feita por Marco Feliciano , internautas fizeram uma série de comentários, inclusive ironizando a questão do político. "Acho que é natural. O demo tá sempre comigo e vivo felizão", brincou um usuário do Facebook. Outra internauta, por sua vez, publicou um comentário de uma psicóloga para refutar a hipótese levantada pelo deputado.
Preconceito sobre a doença é reforçado com enquete de Feliciano
A depressão , assim como outras doenças da mentais, é estigmatizada e sofre um certo preconceito. Esse preconceito, inclusive, segundo a própria OMS é o que leva muitas pessoas a não procurarem ajuda e tratamento adequado para superar a doença.
Segundo a organização, apenas metade das pessoas com quadros depressivos trata a doença, seja com sessões de terapia – em casos considerados leves — ou com uso medicamentoso – indicados para situações moderadas e graves.
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Com a enquete de Feliciano , o assunto volta à pauta e o preconceito sobre a doença é retomado, em forma de influência religiosa e política. Isso é o que define alguns dos comentários na rede social, como de um internauta que escreveu: "estou procurando evidências de que isso seja uma brincadeira, não é possível que um parlamentar com a visibilidade que você tem possa fazer esse tipo de enquete". Marcos Feliciano não se pronunciou sobre tal repercussão.