O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello concedeu liberdade ao ex-deputado federal Eduardo Cunha (MDB) nesta quinta-feira (28).
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Mesmo com a ordem para soltar Eduardo Cunha
, no entanto, o ex-deputado, cassado em 2016, seguirá preso em função de outros três decretos de prisão preventiva, proferidos pelas Justiça Federal do Distrito Federal, onde ele é alvo da Operação Greenfield, e do Paraná, em decorrência da operação Lava Jato.
Marco Aurélio Mello
atendeu a um pedido da defesa de Eduardo Cunha, que está preso desde 19 de outubro de 2016 em uma penitenciária no Paraná. A decisão revogou um mandado de prisão expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte.
Na investigação, o ex-deputado é suspeito de receber propinas desviadas de obras na Arena de Dunas, que recebeu jogos da Copa do Mundo de 2014. Em troca, ele teria favorecido as empreiteiras OAS e Odebrecht.
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Defesa comemora pedido para soltar Eduardo Cunha
Os advogados do ex-deputado Eduardo Cunha ( MDB
) concederam entrevista à emissora GloboNews, na qual comemoraram a vitória judicial e lamentaram a manutenção da prisão do cliente.
"Essa prisão é absolutamente ilegal e desnecessária. Decretada em um caso absurdo, em que nem mesmo os delatores de plantão se dispuseram a confirmar a leviana acusação", disse o defensor.
Pivô do processo de impeachment contra Dilma Rousseff (PT), o ex-deputado, que à época era presidente da Câmara, entrou no alvo das investigações logo depois de ser deflagrado o processo contra a ex-presidente petista.
Cunha respondia no Conselho de Ética da Câmara a um processo por quebra de decoro. Ele contava em receber votos de deputados petistas para se livrar da acusação, mas, como eles não vieram, o emedebista resolver aceitar o processo de impeachment que levou à queda de Dilma. Apesar da ordem para soltar Eduardo Cunha , ele seguirá preso em Curitiba.
* Com informações da Agência Brasil
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