Dinheiro encontrado em
Divulgação/Polícia Federal
Dinheiro encontrado em "bunker" de Geddel Vieira Lima em Salvador: R$ 51 milhões

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, defendeu nesta segunda-feira (7) a permanência no Supremo Tribunal Federal (STF) da investigação sobre os R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrados em um apartamento , em Salvador, ligado ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Em memorial enviado à Corte, a procuradora-geral argumenta que a restrição ao foro privilegiado decidido pelo plenário do STF na semana passada não se aplica ao caso de Geddel Vieira Lima , por conta do cargo do seu irmão, o deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA).

Na última quinta-feira (3), os ministros da suprema corte decidiram que deve permanecer na Corte, no caso de deputados e senadores, somente os casos relacionados a crimes supostamente cometidos durante e em razão do mandato.

Geddel, seu irmão, e a mãe, Marluce Vieira Lima foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção e lavagem de dinheiro. O processo tramita no STF devido ao cargo ocupado por Lúcio Vieira Lima, que ainda foi acusado de peculato, por supostamente ter se apropriado de 80% dos salários de um ex-assessor parlamentar. Ele nega as acusações.

Julgamento

O recebimento da denúncia está marcado para ser julgado nesta terça-feira (8) pela Segunda Turma do STF . Dodge defendeu que os crimes de lavagem e peculato foram cometidos por Lúcio Vieira Lima antes e depois de ele assumir o mandato de deputado federal, em 2011.

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Para Raquel Dodge, na denúncia “resta demonstrado que o caso em análise envolve a prática de crimes por parlamentar detentor de foro por prerrogativa no STF, relacionados à função pública e no exercício do mandado parlamentar”.

Geddel foi preso no dia 8 de setembro do ano passado, três dias depois que a PF encontrou o dinheiro no imóvel de um amigo do político. Os valores apreendidos foram depositados em conta judicial.

Segundo a Polícia Federal, parte do dinheiro seria resultante de um esquema de fraude na liberação de créditos da Caixa Econômica Federal no período entre 2011 e 2013, quando Geddel era vice-presidente de Pessoa Jurídica da instituição.

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A defesa de Geddel Vieira Lima sustenta que a origem dos R$ 51 milhões decorre da "simples guarda de valores em espécie". Segundo a defesa, os valores são fruto de "investimentos no mercado de incorporação imobiliária, com dinheiro vivo".

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