Um vídeo de pouco mais de três minutos de duração – que foi gravado e divulgado pela militância contrária à prisão do ex-presidente Lula – mostra um pouco do que foi o desespero causado pelo atentado a tiros contra o acampamento montado em apoio ao petista, em Curitiba .
O atentado a tiros ocorreu na madrugada deste sábado (28), segundo a direção nacional do PT. Duas pessoas ficaram feridas e uma delas, Jeferson Lima de Menezes, de 38 anos, foi alvejada no pescoço e corre risco de morte. A outra vítima teve ferimentos leves e passa bem.
O vídeo que tem sido amplamente divulgado nas redes sociais foi publicado pela ONG Nova Militância Brasil, que fez uma transmissão ao vivo dos momentos pós-ataque em sua página do Facebook.
Na gravação, a pessoa que registra os momentos de desespero no acampamento 'Marisa Letícia', na Rua Padre João Wislinski no bairro Santa Cândida, em Curitiba, pede aos espectadores da transmissão que chamem a polícia.
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"O acampamento está sendo atacado a tiros, com feridos. Alguém, por favor, liga para a polícia, chama a polícia aí – apesar de que a polícia não vai estar do nosso lado", diz uma voz masculina.
Você viu?
"Eu já vi uma pessoa aqui, não sei se é segurança, se é acampado, com um tiro no pescoço e muito sangue", continua a mesma voz. "O acampamento 'Marisa Letícia' está sob ataque", friza.
Militante está na UTI
A vítima citada no vídeo é o militante Jefferson de Menezes. De acordo com a Polícia Militar, ele foi baleado e encaminhado em estado grave para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Boa Vista, através de uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), por volta das 4h30.
De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (Sesa), ele passou menos de uma hora na UPA, onde foi entubado e então levado para o Hospital do Trabalhador, onde o militante petista se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com o estado de saúde instável.
Fogos de artifício
No vídeo, é possível ouvir diversos barulhos de explosões. Esses barulhos, ao contrário do que possam parecer, não são todos tiros. Segundo a própria militância do PT, foram disparados fogos de artifício para dispersar os culpados do atentado.
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A Polícia Civil foi acionada para investigar o caso e coletou cápsulas de pistola 9 mm. Por sua vez, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp) limitou-se a confirmar a ocorrência de feridos e a afirmar que um inquério para apurar o atentado a tiros foi aberto.