O assessor e amigo pessoal de Michel Temer, José Yunes , prestou novo depoimento à Polícia Federal referente ao episódio em que recebeu, em seu escritório em São Paulo, uma remessa do doleiro Lúcio Funaro . O doleiro teria enviado R$ 1 milhão ao escritório do amigo de Temer, e o dinheiro seria destinado ao presidente.
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Yunes afirmou que relatou ao presidente sobre a entrega do envelope. Ele disse que Michel Temer ficou “estarrecido com a tal ‘figura delinquencial’, após tomar conhecimento através do Google sobre o envolvimento em escândalos por Lúcio Funaro”. A informação é do jornal O Estado de São Paulo .
De acordo com Yunes, foi o ministro Eliseu Padilha ( MDB ), também investigado pelo Ministério Público pelo caso, quem o pediu que recebesse um emissário de Lúcio Funaro em seu escritório. Yunes, que é advogado, afirmou que o ministro jamais tinha feito pedido semelhante, mas que ele acatou a ordem. Depois, o amigo de Temer acusou Padilha de tê-lo usado como “mula” na situação.
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Sobre sua relação com o ministro, relatou que os dois tinham “um relacionamento amistoso, em consideração ao Presidente da República”. Yunes prossegue, contando ter recebido um “envelope lacrado grosso, não muito pesado”, cujo conteúdo afirmou que ignorava.
Yunes, Padilha, Temer, Funaro , Moreira Franco, Eduardo Cunha, Romero Jucá e outras pessoas ligadas ao partido do presidente são investigados pela Operação Skala, que busca averiguar se o grupo, chamado pela Procuradoria-geral da República de “quadrilhão do MDB ”, recebeu propinas de empresas em troca de favores políticos. O dinheiro que chegou ao escritório de Yunes, que foi preso preventivamente em março deste ano, mas que já ganhou a liberdade, seria uma parcela das supostas propinas.
A assessoria da presidência da República, bem como a defesa jurídica de Michel Temer , não se manifestou sobre o conteúdo do depoimento de Yunes .
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