Em seu discurso neste sábado (14) na 8ª Cúpula das Américas, que acontece em Lima, no Peru, o Michel Temer (MDB) discursou sobre um problema que tem causado baixas em altos escalões de seu governo e que é, também, o tema do encontro deste ano: o combate à corrupção.
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O presidente, que chegou a ter seu sigilo fiscal e bancário quebrados por ordem do Supremo Tribunal Federal e assistiu à prisão de seus amigos mais próximos, ressaltou que “não se pode tolerar a corrupção” e que o combate aos desvios de conduta e da função pública é “imperativo da democracia”.
“É na democracia que temos transparência. Uma imprensa livre e uma opinião pública vigilante capazes de fiscalizar sem trégua, como deve ser, as ações do poder público. É na democracia, afinal, que temos estado democrático de direito”, disse o emedebista.
As novas acusações contra Michel Temer se inserem no âmbito da investigação sobre o “quadrilhão do MDB ”, desdobramento da Lava jato que busca apurar supostos desvios de verbas públicas para alimentar os cofres do partido. Ministros, ex-ministros, assessores e sócios do presidente também estão no rol dos suspeitos.
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Em 2017, também, o presidente conseguiu apoio do Congresso para se desviar de outras duas acusações da Procuradoria-Geral da República. Ele era acusado de atuar junto do empresário Joesley Batista para silenciar o ex-deputado Eduardo Cunha ( MDB ), preso pela Lava Jato.
Ao falar sobre os princípios da democracia, Temer aproveitou para criticar a situação na Venezuela , país vizinho que enfrenta uma aguda crise política e econômica.
O mandatário brasileiro voltou a defender o espírito de cooperação entre os países vizinhos e disse que “não há espaço em nossa região para alternativas à democracia”.
Michel Temer também prestou solidariedade ao Equador pelo assassinato de jornalistas equatorianos sequestrados enquanto faziam uma reportagem sobre a insegurança no país. Ele classificou o episódio como "mais um inaceitável ato de violência".
"Condenamos, nos mais fortes termos, esse atentado contra a vida, contra a liberdade de expressão. Nossa mais sentida solidariedade às famílias das vítimas, ao povo equatoriano e ao presidente Lenin Moreno", disse Temer .
* Com informações da Agência Brasil
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