Em linhas gerais, a avaliação do governo do presidente Michel Temer oscilou muito pouco entre os meses de dezembro do ano passado e março deste ano. Porém, alguns dados devem ser destacados da pesquisa CNI/Ibope divulgada na manhã desta quinta-feira (5). O levantamento sobre o governo Temer foi feito antes da deflagração pela Polícia Federal da Operação Skala, que prendeu amigos do presidente.
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A reprovação do governo caiu de 74% para 72%, queda que se deu dentro da margem de erro da pesquisa – que é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Da mesma forma, a avaliação do governo Temer como ótimo ou bom foi de apenas 5%, um ponto a menos que o registrado em dezembro, quando estava em 6%. Já o percentual dos que avaliam o governo como 'regular' ficou em 21%.
Esse levantamento do Ibope, encomendado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizado entre os dias 22 e 25 de março e ouviu 2 mil pessoas em 126 municípios. O nível de confiança da pesquisa, ou seja, a chance dela retratar a realidade, segundo a CNI, é de 95%.
Aprovação – ou melhor, desaprovação – por áreas
A pesquisa divulgada nesta quinta levantou ainda um outro tópico relevante para a avaliação do governo de um presidente que cogita a reeleição: a aprovação em cada área de atuação do governo federal.
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Por exemplo, o atual carro-chefe do governo, a área da Segurança Pública, recebeu uma série de ações nos últimos meses. Porém, apenas 14% da população, segundo levantamento, aprovaram as ações de Temer nessa área. Em compensação, 84% dos entrevistados as desaprovam.
Já na área da Educação, 18% aprovam as atitudes federais na área, em detrimento dos 80% que as desaprovam. Quando se fala em Saúde, ainda, o panorama é semelhante: 87% desaprovam o que o governo fez pela Saúde do Brasil, enquanto que 12% aprovam.
As taxas de juros são aprovadas por 10% e desaprovadas por 85% dos entrevistados. E as ações de combate ao desemprego agradam 13%, enquanto desagradam 85%. Nem mesmo a questão do controle da inflação, tão abordado pelo governo Temer , ganhou a aprovação da população: 80% desaprova o que foi feito, enquanto 16% aprova.
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