Intervenção federal não aumentou a popularidade de Michel Temer, revela Ipsos
Divulgação/PT-MG
Intervenção federal não aumentou a popularidade de Michel Temer, revela Ipsos

Realizada duas semanas depois do presidente da República, Michel Temer, decretar a intervenção federal no setor de segurança pública do Rio de Janeiro, uma pesquisa Barômetro Político Estadão-Ipsos, revelou que o emedebista ainda não conseguiu melhorar sua popularidade com a adoção da medida. 

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De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira (22), a desaprovação de Michel Temer oscilou de 93% a 94%, enquanto que a sua aprovação se manteve em 4%.

Ou seja, se Temer, como afirmou o ex-presidente Lula, tinha a intenção de atrair e agradar os apoiadores do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) , e assim aumentar sua aprovação, o resultado da medida ainda não lhe foi favorável.

Vale ressaltar que os dados da pesquisa Ipsos de março foram coletados antes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), ocorrido no último dia 14. Tal episódio pode influenciar na aprovação do governo.

População atônita

Não foi só a taxa de aprovação de Temer ficou estável. Segundo a pesquisa, que avalia mensalmente a imagem de personalidades do mundo político e Judiciário, a maioria dos nomes listados permaneceu com oscilação dentro da margem de erro.

Para o instituto, tal resultado revela uma postura de espera por parte dos brasileiros, que sofre com a expectativa para as eleições de outubro, mas que sabe que muito há de mudar até lá. “A Nação está em compasso de espera enquanto assiste atônita ao caos da segurança pública e da falência do Estado”, afirmou o diretor do Ipsos, Danilo Cersosimo.

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O Ipsos ouviu 1.200 pessoas em 72 municípios, entre 1.º e 13 de março. A margem de erro é de três pontos porcentuais.

Desaprovação entre os presidenciáveis

Entre os presidenciáveis, Temer é o campeão da desaprovação. Ele, que cogita concorrer às eleições de outubro pelo MDB, já está há mais de dez meses com uma taxa de desaprovação superior aos 90%. 

Em segundo na lista dos mais odiados, está o senador Fernando Collor (PTC-AL), que também quer sair como candidato. Sua taxa é de 86%, uma das poucas que subiram em relação ao mês anterior (era de 81%).

Os demais presidenciáveis também não estão sustentando uma boa imagem. Na lista, entram o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (71%), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (69%), o ex-ministro Ciro Gomes (66%), o ex-prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin (66%), respectivamente do DEM, PSD, PDT, PT e PSDB. Nenhum deles tem índice de aprovação superior a 22%.

Segundo nas últimas pesquisas de intenções de voto, Bolsonaro ficou com uma desaprovação em 60%, dois pontos porcentuais a mais que em fevereiro. Sua aprovação se manteve em 24%. A ex-ministra Marina Silva (Rede) tem 30% de aprovação e 59% de desaprovação. 

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Já Lula, que aparece em primeiro nos levantamento de intenção de voto, mas que pode não conseguir ser candidato por questões judiciais, é um dos nomes com maior taxa de aprovação (41%). Mesmo condenado pelo TRF-4, sua desaprovação é de 57%, muito abaixo da taxa registrada por Michel Temer, que não chegou a ser julgado por nenhum crime. 

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