Michel Temer equilibrou uma bola de basquete, neste mês, durante o lançamento de um programa para a Juventude
Valter Campanato/ABr
Michel Temer equilibrou uma bola de basquete, neste mês, durante o lançamento de um programa para a Juventude

O presidente Michel Temer (MDB) aproveitou mais um discurso, nesta quinta-feira (29), para vangloriar-se sobre as ações do seu governo, como a queda na inflação e nos juros, e disse que será necessário "muito malabarismo eleitoral para quem quiser criticar o governo".

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Possível candidato à reeleição, o emedebista falou publicamente durante a inauguração de um novo terminal do Aeroporto de Vitória, no Espírito Santo. Em sua declaração, Michel Temer chegou ainda a avaliar o trabalho de um presidente da República como "dificílimo".

O presidente também usou o espaço para demonstrar orgulho sobre o próprio trabalho. Disse ainda que tem "felicidade" em ter chegado até onde chegou, com o governo que comandou. 

“Sem embargo a Presidência ser um trabalho dificílimo, é uma coisa que você fica sujeito a bombardeios a todo momento, mas tenho a felicidade de ter chegado aqui, e não estou falando de um governo de quatro anos ou oito anos", afirmou.

"Estou falando de um governo que completou dois anos. Tem 1 ano e 11 meses. E foi nesse período que pudemos fazer tudo isso que foi feito e, particularmente – e aqui quero comemorar – poder inaugurar no dia de hoje o Aeroporto de Vitória”, continuou Temer.

Em seu discurso, Temer não fez nenhuma referência ao advogado José Yunes, ex-assessor especial da Presidência da República, ou a João Baptista Lima Filho, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo – dois amigos seus que foram presos pela Polícia Federal nesta manhã.

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Nessa viagem, o presidente estava acompanhado por outros amigos – ou, pelo menos, companheiros de trabalho. Afinal, foram com ele a Vitória os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Maurício Quintella (Transportes), Henrique Meirelles (Fazenda), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Torquato Jardim (Justiça). 

Amigos de Michel Temer viram alvos

Os amigos do presidente foram alvo de prisões temporárias pedidas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, na Operação Skala. Tal operação foi autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do inquérito que investiga se Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina.

Além dos amigos de Michel Temer , foram presos o empresário Antônio Celso Grecco, dono da empresa Rodrimar, que opera no porto de Santos;  o ex-ministro da Agricultura e ex-deputado federal Wagner Rossi, que foi presidente de uma administradora estatal do porto santista e uma empresária, que não teve a identidade revelada e foi presa na zona sul do Rio de Janeiro. 

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