Ministro Carlos Marun foi o único a sair em defesa de Michel Temer após prisões desta manhã; presidente manteve agenda
Alan Santos/PR - 15.12.17
Ministro Carlos Marun foi o único a sair em defesa de Michel Temer após prisões desta manhã; presidente manteve agenda

O ministro-chefe da Secretaria de Governo, Carlos Marun, saiu em defesa de Michel Temer e garantiu que o presidente "não tem nada a ver" com as  prisões efetuadas nesta quinta-feira (29) pela Polícia Federal no âmbito do inquérito que investiga suposto pagamento de propina no Decreto dos Portos.

"Tenho certeza de que, se isso não for tratado com sensacionalismo, não enfraquece o governo porque o presidente Temer não tem nada a ver com isso", declarou Carlos Marun , conforme reportado pelo jornal O Estado de São Paulo .

O ministro disse ainda que a investigação sobre suposta propina paga pela empresa Rodrimar, que opera o porto de Santos (SP), é comparável à apuração do "assassinato de quem não morreu", uma vez que, em seu entendimento, o Decreto dos Portos não beneficia a Rodrimar. "Temos a mais absoluta convicção de que, em havendo clareza, e havendo imparcialidade na condução das investigações, chegaremos à óbvia conclusão da absoluta inocência do presidente Temer em relação a tudo isso", disse o articulador político de Temer.

Foram presos na manhã desta quinta-feira dois amigos pessoais do presidente Temer: o ex-assessor da Presidência e advogado, José Yunes, e o ex-coronel da Polícia Militar João Batista Lima Filho, conhecido como Coronel Lima. A Polícia Federal prendeu ainda o empresário Antônio Celso Grecco, dono da Rodrimar, e o ex-ministro Wagner Rossi.

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Temer, Carlos Marun e Luís Roberto Barroso

O presidente Michel Temer, que já teve o sigilo bancário quebrado em razão dessa investigação, manteve sua agenda em Vitória, no Espírito Santo, apesar da operação deflagrada nesta manhã. Ele não comentou as prisões efetuadas nesta manhã, mas sempre negou ter praticado qualquer irregularidade na edição do Decreto dos Portos – assinado por Temer em maio do ano passado.

As prisões e diligências cumpridas nesta manhã foram autorizadas pelo relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, atendendo a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR). Barroso, inclusive, está na mira do próprio ministro Carlos Marun , que já prometeu que irá apresentar no Congresso um pedido de impeachment contra o magistrado do STF.

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