Wesley Batista é hostilizado em restaurante em SP, ao ser confundido com o irmão Joesley; Wesley deixou a cadeia dia 21
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Wesley Batista é hostilizado em restaurante em SP, ao ser confundido com o irmão Joesley; Wesley deixou a cadeia dia 21

O empresário Wesley Batista, irmão de Joesley e um dos donos do Grupo J&F, foi hostilizado neste domingo (11), enquanto almoçava na churrascaria Barbacoa, no bairro do Itaim-Bibi, na capital paulista.

Wesley Batista , que deixou a prisão no dia 21 de fevereiro por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) , foi chamado de 'ladrão', 'palhaço' e 'vagabundo' pelos demais clientes do restaurante. Confundido com seu irmão, que foi solto na última sexta-feira (9), Wesley ouviu ainda um coro de “fora, Joesley!”.

Ocorrido em um restaurante de alto padrão, o episódio foi registrado por diversos clientes que lá estavam. Nos vídeos, que viralizaram nas redes sociais, é possível perceber que o empresário permaneceu sentado até terminar sua refeição, ignorando os xingamentos.

"Vocês acabaram com o País, sem vergonha, sem consciência”, gritou uma mulher. “Vai pra cadeia”, protestou outra pessoa. "Fora, palhaço! Vagabundo!", disse um terceiro. Um outro cliente ainda chegou a dizer, em um dos vídeos, que teve o celular quebrado ao tentar registrar a cena: "faz ele pagar!", aconselhou uma das testemunhas.

Os crimes dos irmãos Batista

De acordo com as investigações que levaram à decretação da prisão dos irmãos Batista, Wesley e Joesley cometeram crimes contra o mercado financeiro e contra a administração do próprio grupo JBS durante as tratativas de seus acordos de colaboração premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR). 

Leia também: Joesley Batista deixa a carceragem da Polícia Federal após determinação de juiz

Esses crimes foram caracterizados em operações de venda de parte das ações da JBS que pertenciam aos dois irmãos e que foram recompradas pela administração da própria JBS, então presidida por Wesley.

A estratégia, segundo alegou o Ministério Público Federal (MPF) em denúncia , visava diluir o prejuízo com a desvalorização dos papéis com os demais sócios do grupo – já prevendo que essa desvalorização ocorreria após o vazamento de suas delações.

Além disso, Joesley e Wesley Batista também lideraram a compra de US$ 2,8 bilhões em dólares pela JBS visando lucrar com a alta da moeda americana nos dias que se seguiram após a divulgação das delações. Wesley foi detido em setembro de 2017 , mas está cumprindo prisão domiciliar desde o último dia 21.

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