Manifestação contra condenação de Lula em São Paulo
Larissa Pereira/iG São Paulo
Manifestação contra condenação de Lula em São Paulo

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quinta-feira (8) com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

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No encontro, que durou cerca de 30 minutos, os advogados disseram ter feito um “apelo” ao juiz para que ele tome uma decisão sobre o habeas corpus preventivo apresentado ao tribunal na última semana.

Sepúlveda Pertence , incorporado recentemente à defesa do ex-presidente Lula, justificou o pedido argumentando que o Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF4) age com velocidade pouco usual.

“Nós fizemos o apelo dada a velocidade do tribunal de Porto Alegre. Está aberto o prazo para os embargos de declaração e, consequentemente, próximo à queda da suspensão da ordem de prisão”, explicou Sepúlveda.

De acordo com o entendimento mais recente do STF , condenados em 2ª instância, após esgotados os recursos, devem já cumprir a pena. Assim, o ex-presidente pode vir a ser preso nas próximas semanas. Para evitar que isso aconteça, a defesa ingressou com o habeas corpus preventivo no STF.

Novo advogado

Dias antes da reunião com Fachin, Sepúlveda, que já foi presidente do STF e tem relação próxima com alguns ministros, havia classificado como “perseguição” o processo contra o líder petista.

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Ele comparou as acusações contra Lula à situação vivida por Getúlio Vargas em seus últimos meses como presidente. Acusado de crimes pela mídia e por adversários políticos, Vargas se suicidou no palácio do Catete, antiga sede do executivo brasileiro, em 24 de agosto de 1954.

Nomeado para o STF em 1989 pelo então presidente José Sarney (MDB), Sepúlveda Pertence presidiu a Corte entre 1996 e 1997 e deixou o tribunal dez anos mais tarde.

O ex-ministro se autointitula um "velho amigo" de Lula e vai atuar nos recursos do ex-presidente nas instâncias superiores. Sepúlveda defende também os senadores José Serra (PSDB) e José Sarney (MDB).

O advogado afirmou que adotará postura diferente da de outro advogado de Lula, Cristiano Martins, sem enfrentamentos ao Poder Judiciário. "Não faz o meu estilo", disse o novo defensor de Lula à  Folha  .

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