A Câmara dos Deputados voltou ao trabalho nesta segunda-feira (5), depois de mais de um mês de recesso, e com o retorno dos parlamentares, a pauta da reforma da Previdência vem novamente à tona não só entre políticos, como também nas redes sociais. No Twitter hoje, a hashtag "Todos pela Reforma" está em destaque entre os assuntos mais comentados no Brasil.
Como precisa de 308 votos, o Planalto se prepara, junto de aliados na Câmara, para uma campanha pesada em defesa da reforma da Previdência . Pela hashtag "Todos pela Reforma", por exemplo, é possível encontrar, além do noticiário em torno da pauta no Congresso, a divulgação de vídeos, fotos e conteúdos em defesa da reforma no País nas mais diversas páginas relacionadas ao governo federal.
E um dos destaques foi um 'erro de cálculo' da equipe de comunicação e social media, já que algumas das páginas oficiais compartilharam a imagem de perfil com a mensagem "Todos pela Reforma para o Brasil não quebrar" de maneira cortada. Desse modo, acabou transmitindo a mensagem que parece dizer: "o Brasil não quer".
E, é claro, os internautas não demoraram muito tempo para perceber a 'gafe' e realizaram críticas pela rede social. Na página do Planalto, o erro não é mais encontrado, mas a mensagem cortada ainda continua, por exemplo, na página do Twitter do Ministério das Cidades.
A reforma polêmica
Os parlamentares retornaram hoje do recesso, mas a pauta sobre a reforma já causou diversos comentários no Planalto . O governo avalia não ter os votos necessários para aprovar o projeto, ou seja, os 380. Contudo, alguns otimistas avaliam que a base conta com ao menos 270 votos.
Desse modo, o governo trabalha com duas possibilidades: votar a proposta sem previsão de vitória ou adiá-la para novembro. Na sexta-feira (2), o presidente Michel Temer disse que seu governo resistirá caso a reforma não seja aprovada, mas os seguintes, não. Para o emedebista, o crescente rombo do sistema trará maiores problemas para o País nos próximos anos.
Também nesta seguda-feira, o presidente da Câmara , Rodrigo Maia (DEM-RJ), negou que tenha decidido tirar a proposta de reforma da Previdência da pauta do plenário caso o governo não tenha assegurado o número de votos necessários para a aprovação até o dia 20 deste mês – data em que está prevista a votação. A informação de que Maia recuaria e iria engavetar a PEC que prevê uma série de mudanças nas regras para o acesso à aposentadoria foi publicada hoje pelo jornal Folha de S.Paulo .