Ex-governador Sérgio Cabral já se tornou réu em 20 ações penais e foi condenado em quatro processos
Fabio Rodrigues Pozzebo/Agência Brasil
Ex-governador Sérgio Cabral já se tornou réu em 20 ações penais e foi condenado em quatro processos

O ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (MDB) foi denunciado pela 21ª vez no âmbito da Operação Lava Jato. Nesse novo pedido de abertura de ação penal , oferecido ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, a força-tarefa de procuradores que atuam no estado acusa Cabral de ter praticado mais de 200 atos de lavagem de dinheiro entre 2007 e 2014, mesmo período em que durou seu governo no Palácio Guanabara.

Foram denunciados ao lado de Sérgio Cabral outras seis pessoas acusadas de ajudar o ex-governador a utilizar contas ligadas a empresas do Grupo Dirija (rede de concessionárias fluminense) para transferir cerca de R$ 8 milhões a pessoas associadas ao emedebista. Entre os denunciados estão Sérgio Castro de Oliveira, ex-assessor de Cabral, e Sonia Ferreira Batista, sua ex-secretária.

A nova denúncia contra o ex-governador é resultado de desdobramentos das investigações das operações Calicute, Eficiência e Mascate. Já é a segunda vez que Cabral é denunciado somente neste ano. Antes, o político foi acusado de cometer crime de corrupção passiva ao receber propina de uma construtora.

Cabral de Benfica, Cabral de Pinhais

Preso desde novembro de 2016 , Cabral já foi condenado em quatro ações penais, sendo três vezes pelo juiz Marcelo Bretas e uma vez pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba. As penas somadas já chegam a 87 anos de prisão .

Em depoimento prestado ao juiz da 7ª Vara Federal Criminal do Rio em dezembro, o ex-governador chegou a pedir "desculpas à população por ter feito uso de caixa dois e de sobras de caixa dois" e a reconhecer que "errou" e que seus atos conferiram a ele "uma vida incompatível, muito além de seus dinheiros lícitos".

Atendendo a pedido dos procuradores da Lava Jato no Rio e em Curitiba, o ex-governador deixou o presídio de Benfica, na zona norte da capital fluminense, e foi transferido no dia 19 deste mês para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais (PR). A medida foi autorizada por Moro e Bretas sob a alegação de que Sérgio Cabral recebia "regalias" no presídio de Benfica.

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