![Decisão foi tomada no âmbito do processo da Operação Zelotes que apura suposto tráfico de influência de Lula Decisão foi tomada no âmbito do processo da Operação Zelotes que apura suposto tráfico de influência de Lula](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/0y/pd/vu/0ypdvu9idspuw3s59dwtiq3fc.jpg)
O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal, determinou nesta quinta-feira (25) a apreensão do passaporte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o proibiu de deixar o País. A decisão judicial está sob sigilo, no entanto, a Polícia Federal confirmou que já recebeu a ordem de apreensão do documento.
A determinação não tem relação direta com a condenação de Lula pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e foi tomada no âmbito do processo da Operação Zelotes que apura suposto tráfico de influência de Lula na compra, pela Força Aérea Brasília (FAB), de caças suecos.
A medida foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) em virtude de uma viagem que o ex-presidente faria na sexta-feira (26) à Etiópia para participar de um evento da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).
Em 2016, o petista se tornou réu em um inquérito no qual o Ministério Público Federal (MPF) acusa o ex-presidente e seu filho de crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa, sob a acusação de integrarem um esquema que vendia a promessa de interferências no governo federal para beneficiar empresas.
Operação Zelotes
Segundo a denúncia do MPF, as investigações constataram que o ex-presidente, seu filho Luís Cláudio e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni atuaram em negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e também em uma medida provisória para prorrogar os incentivos fiscais para montadoras de automóveis. De acordo com o MPF, Luís Cláudio teria recebido R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.
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A Justiça Federal apura a suspeita de que o petista e seu filho Luís Cláudio “integraram um esquema que vendia a promessa” de interferências no governo federal para beneficiar empresas.
Na época da denúncia, a defesa do ex-presidente rebateu as acusações, afirmado que os réus não participaram ou tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos e que acusá-los de ter interferido no processo significa “atacar e colocar em xeque as Forças Armadas e todas as autoridades que acolheram o parecer emitido por seus membros”.
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Além do ex-presidente Lula e seu filho, são réus neste processo os consultores Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni, donos da Marcondes e Mautoni Empreendimentos, empresa que representava os interesses do Grupo Caoa (distribuidor brasileiro das marcas Subaru e Hyundai) e da MMC Automotores (Mitsubishi do Brasil).
* Com informações da Agência Brasil