Em reunião ampliada da comissão executiva do Partido dos Trabalhadores na manhã desta quinta-feira (25) para lançar a pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva às eleições de 2018 , a ex-presidente Dilma Rousseff afirmou que mobilizações que ocorreram nesta quarta-feira (24) foram uma grande vitória política. “Temos de lutar, lutar e continuar lutando.”
Dilma chamou a condenação de Lula no caso triplex da Operação Lava Jato de golpe e comparou o momento político atual com a ditadura militar no Brasil. “[Há uma característica] própria dos golpes: antes de acabar, se radicaliza. E disso temos experiência. Foi assim durante a ditadura militar. A grande radicalização com o AI-5, as torturas, o exílio, para depois a derrota da ditadura e a presença do povo nas ruas e em todos os cantos.”
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Em relação às derrotas do Partido dos Trabalhadores nos últimos anos, não só o julgamento de Lula, mas também o próprio impeachment de Dilma, a ex-presidente classificou a situação como golpe parlamentar e midiático, com apoio de instituições como a Polícia Federal e o judiciário.
“O motivo era tirar o PT da face da terra. O golpe de 2016 tinha o objetivo de acabar com a nossa raça, não só tirar uma presidenta e acabar com seus votos, mas, sobretudo, queriam não ter adversário, porque esse adversário já os tinha derrotado quatro vezes seguidas, e eles o transformaram em inimigo.”
Eleições 2018
Apesar da derrota de Lula no julgamento desta quarta, Dilma afirma que a grande disputa tem data: outubro, com as eleições . Para a ex-presidente, o “golpe já fracassou politicamente”, de ponto de vista estratégico, já que o governo atual não conseguiu aprovar as reformas que queria.
“Politicamente tem um problema para eles. Nós não fomos destruídos, nós sobrevivemos a todos os pixulecos que colocaram aqui na Paulista, a todos os patos amarelos também, e à destruição do meu mandato. Isso porque lutamos, fomos capazes de lutar.”
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Dilma também ironizou com nomes que surgiram como possíveis candidatos às eleições de 2018. A ex-presidente falou que o apresentador Luciano Huck “é até simpático”, mas sem condições de governar. Já o prefeito de São Paulo, João Dória, foi classificado como “um projeto que não deu certo”.