Manifestação contra a condenação de Lula
Larissa Pereira/iG São Paulo
Manifestação contra a condenação de Lula

Depois da condenação, por unanimidade, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Tribunal Regional Federal da 4ª região (TRF-4), o Partido dos Trabalhadores e membros proeminentes da agremiação, como a ex-presidente Dilma Rousseff , reafirmaram que Lula será candidato à presidência da República em outubro.

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“Vamos lutar em todas as instâncias do Judiciário pelo direito do ex-presidente ser candidato. Mas vamos lutar pela democracia em todos os recantos, nas ruas, na cidades e no campo do nosso Brasil”, escreveu, em nota, a ex-presidente Dilma Rousseff.

Para Dilma, é preciso “reagir à decisão injusta, absurda e facciosa” do TRF-4. “Uma eleição que vier a impedir o ex-presidente de concorrer não terá legitimidade. Será tão desastrosa quanto o governo que se impôs ao país em 2016, por meio de um golpe parlamentar, jurídico e midiático”, concluiu a ex-presidente. 

Mais cedo, na manifestação de apoio ao ex-presidente na praça da República, no centro de São Paulo, o líder do PT no senado, Lindbergh Farias, discursou à multidão afirmando que “amanhã (25) lançaremos a pré-candidatura de Lula”.

Os desembargadores negaram o recurso de defesa do líder petista por 3 a 0, mantendo a condenação proferida pelo juiz Sérgio Moro e aumentando a pena do ex-presidente para 12 anos e um mês de prisão.

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Como foi condenado por um órgão colegiado, o líder petista passa agora a se enquadrar na Lei da Ficha Limpa, e corre o risco de ficar de fora das eleições. Juridicamente, contudo, a questão não é ponto pacífico, e ainda há a chance de a candidatura de vingar.

É nesse vácuo jurídico que se fia a direção do PT. Também por meio de nota, assinada pela presidente nacional do partido, Gleisi Hoffmann, o partido classifica de “farsa judicial” a condenação do ex-presidente.

A nota também elenca aqueles que, segundo o partido, tomaram parte no “ golpe antidemocrático ”. “Confirma-se o engajamento político-partidário de setores do sistema judicial, orquestrado pela Rede Globo, com o objetivo de tirar Lula do processo eleitoral”, diz a nota.

E segue: “são os mesmos setores que promoveram o golpe do impeachment em 2016, e desde então veem dilapidando o patrimônio nacional, entregando nossas riquezas e abrindo mão da soberania nacional, retirando direitos dos trabalhadores e destruindo os programas sociais que beneficiam o povo”.

A nota conclui afirmando que “hoje é o começo da grande caminhada que, pela vontade do povo, vai levar o companheiro Lula novamente à Presidência da República”.

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