O senador e ex-presidente da República, Fernando Collor de Mello (PTC), confirmou que pretende se candidatar mais uma vez à Presidência nas eleições deste ano. O anúncio foi feito durante entrevista concedida a rádio Gazeta de Arapiracara
, de Alagoas, estado pelo qual Collor foi eleito para o Senado.
Fernando Collor
disse que se vê em "vantagem" em relação aos demais candidatos por já ter sido o presidente do Brasil. Ele governou no período de 1990 a 1992, quando se tornou o primeiro chefe do Poder Executivo federal a sofrer impeachment
– devido a crime de responsabilidade verificado em esquema de corrupção protagonizado por seu tesoureiro de campanha, Paulo César Farias (o PC Farias).
"Tenho vantagem em relação a alguns candidatos porque já presidi o País", disse o senador, tomando cuidado para não se colocar como o único nessa condição, já que existe a possibilidade de o também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participar das eleições.
"Meu partido todos conhecem. Sabem o modo como penso. Busco atingir os objetivos que a população deseja para a melhoria de sua qualidade de vida", bradou Collor.
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Fernando Collor, seu partido e a Lava Jato
Senador desde 2015, Collor é filiado ao Partido Trabalhista Cristão (PTC), uma repaginação do Partido da Reconstrução Nacional (PRN), legenda que elegeu o alagoano nas eleições de 1989. Naquela disputa, Collor derrotou Lula no segundo turno. O petista também é um possível candidato nas eleições presidenciais de 2018, bem como o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o deputado Jair Bolsonaro (PSL). Outros nomes que podem vir a se candidatar são o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD).
Collor participou de uma série de eventos em Alagoas ao longo desta semana para inaugurar diretórios municipais de seu partido. O senador destacou por meio de suas redes sociais que o PTC apresenta-se como "elo de ligação entre os problemas da população e a solução diante dos órgãos municipais, estaduais e, também, federais".
Fernando Collor é réu em ação penal decorrente de investigações da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o parlamentar de ter recebido R$ 29 milhões em propina por exercer suposta influência política na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. À época do recebimento da denúncia, o ex-presidente apontou “excessos da acusação” e disse que “como no passado, terá oportunidade de comprovar sua inocência".