Em 2017, o deputado federal e possível candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC-RJ), não esteve presente em 70% das reuniões e audiências da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, da qual é membro titular. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo .
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Embora os assuntos tratados pelo grupo constituam algumas das principais bandeiras defendidas por Bolsonaro, o congressista compareceu a apenas 15 sessões – e esteve ausente em outras 36, justificando sua falta em somente 2.
A comissão discute leis referentes ao direito e processos militares, política externa e relações diplomáticas, entre outros temas. Ainda conforme o Estadão , o presidenciável se ausentou inclusive no dia em que se debatia o único projeto de lei proposto por ele, em que propunha novas regras de combate ao terrorismo no país. O projeto, por fim, foi retirado da pauta.
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Entre as justificativas para as frequentes faltas do deputado está sua intensa agenda de viagens. No ano passado, ele esteve no Amazonas, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, entre outros estados brasileiros – todas pagas, segundo o jornal fluminense O Globo , com verbas da Câmara dos deputados. O presidenciável esteve também nos Estados Unidos, onde buscou apresentar seu programa econômico para investidores estrangeiros.
Tantas viagens fizeram com que o deputado perdesse discussões de seu interesse na comissão: quando mudanças no Código Penal e Militar eram debatidas, ele estava em Manaus; ele também perdeu o debate sobre moções de repúdio ao governo venezuelano de Nicolás Maduro e de louvor aos militares brasileiros em missão no Haiti.
Outras comissões na qual participa e que também fazem parte de seu discurso de candidato à presidência registram faltas do deputado. Na comissão de direitos humanos e minorias, por exemplo, da qual foi membro titular em 2017, Jair Bolsonaro se ausentou em 38 ocasiões. Procurado pelo jornal, o deputado não se manifestou sobre suas faltas.
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