Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia em reunião com o presidente do TRF-4 para discutir julgamento de Lula
Carlos Moura/SCO/STF - 15.1.18
Presidente do STF, ministra Cármen Lúcia em reunião com o presidente do TRF-4 para discutir julgamento de Lula

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, recebeu nesta segunda-feira (15), em Brasília, o desembargador Thompson Flores, presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). A reunião teve como objetivo discutir a segurança dos magistrados e também passou pelo ritual de julgamento do  recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a condenação imposta pelo juiz Sérgio Moro no caso tríplex, na Operação Lava Jato. O julgamento será realizado pela Corte sediada em Porto Alegre na quarta-feira da semana que vem, dia 24.

A ministra Cármen Lúcia não foi a primeira a solicitar informações ao desembargador Thompson Flores sobre a preparação do TRF-4 para o julgamento que pode vir a impedir a candidatura de Lula à Presidência da República. Na semana passada, um grupo de parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT) também se encontrou com o magistrado para tratar sobre o assunto.

Na ocasião, o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), e outros deputados da legenda  pediram a disponibilização de um telão para que os aliados do ex-presidente acompanhem o julgamento, uma vez que só poderão acessar a sala de sessão os advogados e as partes envolvidas. O desembargador Thompson Flores garantiu que o pedido será atendido.

A reunião teve ainda como tema as manifestações previstas para ocorrer na capital gaúcha (bem como em diversas outras cidades do País) em apoio ao ex-presidente durante o julgamento. 

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O novo julgamento de Lula

Os recursos contra as decisões do juiz Sérgio Moro no caso tríplex (apresentados pelas defesas de Lula e de mais seis condenados, além do Ministério Público Federal) são os únicos itens da pauta de julgamentos do dia 24 deste mês na 8ª Turma do TRF-4, que terá início às 8h30.

ex-presidente foi condenado a cumprir 9 anos e 6 meses de prisão por crimes de corrupção e lavagem por supostamente ter aceitado favorecimento da construtora OAS mediante a compra e reforma de um apartamento tríplex no Condomínio Solaris, no Guarujá (SP). A defesa nega.

Participarão do julgamento o relator, João Pedro Gebran Neto, e os desembargadores Leandro Paulsen (presidente da 8ª Turma) e Victor Luiz dos Santos Laus.

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