Kassab defendeu a unificação em torno de um candidato que defenda as reformas econômicas de Temer
Marcos Corrêa/PR
Kassab defendeu a unificação em torno de um candidato que defenda as reformas econômicas de Temer

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações Gilberto Kassab, presidente licenciado do PSD, disse nesta quinta-feira (4) que o ministro da Fazenda Henrique Meirelles , seu correligionário, é o “plano A” de sua legenda na disputa da presidência da República. A entrevista foi concedida ao jornal Folha de S.Paulo .

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Embora também tenha dito que o partido não trabalha com um “plano B ou C” na corrida ao Planalto, o ministro afirmou que o PSD pode vir a apoiar a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), seu antigo aliado em São Paulo, caso o nome de Henrique Meirelles não se mostre viável – nas últimas pesquisas divulgadas pelo Ibope e Datafolha, o chefe da Fazenda oscila entre apenas 1% e 3% na preferência do eleitorado.

Kassab defendeu a unificação do partido em torno de um político que represente a continuidade das reformas na economia colocadas em curso após o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT). O próprio presidente Michel Temer, assim, poderia também receber apoio do PSD caso se lance candidato.

Meirelles, contudo, vem trabalhando para ser o candidato do partido em outubro deste ano. Em junho do ano passado, ingressou no Twitter, onde costuma postar comentários comemorando os números da economia.

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Já em dezembro de 2017, declarou, também à Folha , que o governo Temer terá um candidato para defender seu legado na economia e que este candidato não será Alckmin.

Para o ministro, o líder tucano não se mostrou suficientemente “comprometido” na defesa das reformas propostas por sua gestão na Fazenda. Kassab, contudo, relativizou os comentários de seu colega de partido, dizendo ser necessário “bom senso” para definir um candidato único que represente a guinada na condução da economia.

Também em dezembro do ano passado, o PSD deu os primeiros passos na tentativa de efetivar a candidatura do ministro da Fazenda. Em um programa eleitoral veiculado na TV aberta, o ministro falou por mais de oito minutos, celebrando os números da economia e defendendo as propostas de Temer, como o ajuste fiscal, o teto de gastos da União e a reformas trabalhistas e da previdência.

Um dia após a veiculação do programa eleitoral, em dezembro, Henrique Meirelles convocou uma coletiva de imprensa e disse ser cedo para definir se sairá ou não candidato. Contudo, afirmou que não considera ser vice em alguma chapa e que, se candidato, fará uma “defesa explícita” do governo Temer.

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