![Refinaria de Pasadena, no Texas, foi comprada pela Petrobras por um valor muito acima do que realmente valia Refinaria de Pasadena, no Texas, foi comprada pela Petrobras por um valor muito acima do que realmente valia](https://i0.statig.com.br/bancodeimagens/6f/yd/4v/6fyd4vvetsjdml866c2p13l2b.jpg)
O Ministério Público Federal denunciou nesta segunda-feira (18) o ex-senador Delcídio do Amaral e mais dez pessoas por corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo US$ 17 milhões, relacionados à aquisição, pela Petrobras, de 50% da refinaria de Pasadena , localizada no Texas (EUA).
Segundo a denúncia, em 2005, Alberto Feilhaber, vice-presidente da Astra Oil à época, pactuou com o então gerente executivo da Diretoria Internacional Luis Moreira o pagamento de propina de US$ 15 milhões para que funcionários da Petrobras atuassem em favor dos interesses da empresam belga no processo de compra de 50% da refinaria de Pasadena pela Petrobras.
De acordo com a força-tarefa do MPF, os valores de propina recebidos foram divididos entre ex-funcionários da Petrobras que participaram ativamente do processo de compra e venda: Nestor Cerveró, Paulo Roberto Costa, Luis Carlos Moreira, Carlos Roberto Martins Barbosa, Rafael Mauro Comino, Agosthilde Monaco de Carvalho e Aurélio Oliveira Telles.
Além dos ex-empregados da Petrobras, outras pessoas que tiveram participação no esquema também se beneficiaram com parte dos valores: o consultor Cezar de Souza Tavares, os operadores financeiros Fernando Soares e Gregório Marin Preciado e o próprio Alberto Feilhaber.
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O MPF afirma que o ex-senador Delcídio do Amaral também recebeu parcela desse montante, em razão de acordo que mantinha com os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Renato Duque, assim como por ter tido atuação fundamental na nomeação de Nestor Cerveró para a Diretoria Internacional da Petrobras. Segundo os procurados, Delcídio recebeu ao menos US$ 1 milhão, com consciência de que tal valor decorria de propina no processo de aquisição da refinaria.
As provas revelaram ainda a ocorrência de acerto adicional de propina, também em 2005, no valor de US$ 2 milhões, feito entre Alberto Feilhaber e os então funcionários da Petrobras Carlos Roberto Martins Barbosa e Agosthilde Monaco. Essa promessa adicional de pagamento se deu como contrapartida pela atuação e empenho de Carlos Roberto Martins Barbosa e Agosthilde Monaco pela indicação e seleção da refinaria para ser adquirida pela Petrobras.
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Prejuízos
Sugundo o MPF, um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas da União concluiu que a aquisição dos 50% da refinaria de Pasadena pela Petrobras foi realizada por preço consideravelmente superior ao devido, acarretando prejuízos milionários para a estatal brasileira.