Michel Temer e Marcela são recebidos por Luiz Fernando Pezão e a primeira-dama do RJ, Maria Lúcia Horta Jardim
Marcos Corrêa/PR - 13.11.17
Michel Temer e Marcela são recebidos por Luiz Fernando Pezão e a primeira-dama do RJ, Maria Lúcia Horta Jardim

Em meio às discussões acerca de uma  iminente reforma ministerial motivada por pressões políticas, o presidente Michel Temer (PMDB) negou nesta segunda-feira (13) que há "desintegração" em sua equipe na Esplanada dos Ministérios. A declaração foi dada durante evento no Rio de Janeiro para anunciar o lançamento do Programa Emergencial de Ações Sociais nos municípios do estado.

"Acho que a palavra-chave aqui é integração. O que se verifica aqui é exatamente uma cooperação entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro, a Prefeitura e o governo federal. É uma integração extraordinária à qual se incorpora a bancada federal", destacou o presidente Michel Temer em seu discurso. "Não há uma desintegração sequer no nosso ministério. Há uma unidade absoluta. E uma unidade, volto a dizer, da União federal com os estados brasileiros. Precisamente pelo diálogo muito fértil que nós mantemos com a bancada federal."

A reforma ministerial é um pleito de partidos da base aliada do governo que têm apoiado Temer em votações de interesse do Planalto e querem, como contrapartida, uma maior presença na equipe de governo. Nesse cenário, legendas como o PMDB e o PP miram cargos que hoje são ocupados pelo  PSDB, partido que detém quatro ministérios e ainda assim avalia desembarcar da base de apoio da gestão Temer.

Na semana passada, o presidente Temer chegou a reconhecer que é "inevitável" a promoção de uma reforma na configuração de sua equipe ministerial, mas afirmou que isso ocorrerá "no momento certo".

A contemplação de aliados com novos cargos na equipe ministerial pode resultar na aprovação da reforma da Previdência , que é considerado prioritário para o equilíbrio das contas públicas da União. O pacote de alterações nas regras para acesso à aposentadoria está pronto para votação na Câmara dos Deputados desde maio, mas não é pautado devido ao entendimento de que hoje o Planalto não possui os 308 votos necessários para aprová-lo.

"Parceria" entre Pezão e Temer

No evento desta manhã, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), ressaltou a "parceria" entre o Planalto e o Palácio Guanabara, destacando o envio das Forças Armadas para dar suporte às ações de segurança na capital fluminense. "Se o Rio de Janeiro sobreviveu até aqui, deve muito ao governo do senhor [Temer] e aos ministros", disse Pezão.

O Programa Emergencial de Ações Sociais lançado pelo presidente Michel Temer é uma iniciativa complementar às ações de segurança pública que vem sendo desenvolvidas no Rio de Janeiro e prevê medidas nas áreas de educação, esporte, direitos humanos, defesa, cultura e justiça.

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