O ex-ministro José Dirceu (PT) foi filmado por um convidado da festa de aniversário de sua esposa, Maria Rita Garcia Andrade, dançando samba animadamente nesse fim de semana em Brasília. Condenado no mensalão e em duas ações da Operação Lava Jato, o ex-chefe da Casa Civil do governo Lula passou quase dois anos preso preventivamente e foi colocado em liberdade em maio por decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) .

José Dirceu curte samba em festa em Brasília; veja no vídeo abaixo:

Apesar de ser obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica por determinação do juiz Sérgio Moro , Dirceu não está impedido de participar de eventos sociais como o desse fim de semana. O petista está proibido de deixar o Brasil e, inicialmente, deveria permanecer em sua residência em Vinhedo, no interior paulista. Dirceu, no entanto, optou por retornar a Brasília, onde estava morando à época de sua prisão, em agosto de 2015, quando foi deflagrada a operação Pixuleco, a 17ª fase da Lava Jato.

Além do ex-ministro, também participou do evento o ex-presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha (PT), que, assim como Dirceu, também foi condenado no processo do mensalão. Os dois chegaram a ser companheiros de cela na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Agraciado por um habeas corpus concedido após votação por 3 a 2 na Segunda Turma do STF, Dirceu já têm duas condenações na Lava Jato, que somam 42 anos de prisão. Em um desses processos, o ex-ministro foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro por esquema que envolvia recebimento de propina da empreiteira Engevix. O juiz Sérgio Moro impôs pena de 20 anos e 10 meses ao petista nessa ação penal, mas a sentença foi reformada na segunda instância da Justiça Federal e chegou a 30 anos e 9 meses.

A outra condenação de Dirceu foi condenado a 11 anos e 3 meses de prisão , também pelos crimes de corrupção e lavagem. Nessa ação penal, o ex-ministro era investigado por participar da divisão de propina de R$ 7,1 milhões pagos pela Apolo Tubulars, fornecedora de tubos da Petrobras.

José Dirceu ainda  responde a uma terceira ação penal da Lava Jato na Justiça Federal em Curitiba. O ex-ministro foi denunciado nesse processo por receber mais de R$ 2,4 milhões em esquema com as empreiteiras Engevix e UTC Engenharia.


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