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Divulgação/Renato Guedes
Feito em aço inox e cristal de safira, relógio suíço da marca Tissot foi vendido a R$ 1.300

A Justiça Federal no Rio de Janeiro realizou na tarde desta terça-feira (3) o  primeiro leilão de bens apreendidos no âmbito das investigações da Operação Lava Jato no estado. Entre imóveis, carros importados e relógios de luxo, foram colocados à venda um total de 20 itens que, somados, são avaliados em mais de R$ 16 milhões. Ainda assim, apenas um relógio suíço da marca Tissot que pertencia ao ex-secretário de Obras Hudson Braga foi arrematado neste primeiro leilão – ao valor de R$ 1.300. O comprador foi identificado apenas como Jardel, morador de São João Batista (SC).

Os bens do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) –como a casa de veraneio em Mangaratiba e a Lancha Manhattan Rio– não foram disponibilizados nessa primeira rodada de leilões das operações Calicute e Lava Jato . A venda dos bens de Cabral foi suspensa liminarmente por decisão de desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), atendendo a pedido da defesa do ex-governador.

O item mais caro que estava à espera de lances nesta terça-feira era um apartamento dúplex que pertencia a Ary Filho, apontado como um dos operadores de propina de Sérgio Cabral. O imóvel de 268 metros quadrados está localizado na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio, de frente para a praia. Ninguém tentou arrematar o imóvel.

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Veja imagens dos bens de Sérgio Cabral que devem ser leiloados:


Além da ausência dos bens do ex-governador do Rio, a efetivação de apenas uma venda nesta terça-feira também é justificada pelo fato de que, nesse primeiro leilão, só foram permitidos lances no valor igual ou superior ao da avaliação dos itens.

Já no segundo leilão, a ser realizado a partir das 13h da próxima terça-feira (11), o leiloeiro Renato Rocha Guedes oferecerá os bens por valor até 20% abaixo da avaliação oficial.

A venda antecipada dos itens apreendidos foi determinada em junho pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal da Justiça Federal no Rio. O magistrado justificou sua decisão em mandar os bens a leilão antes mesmo da conclusão das investigações argumentando que os imóveis e automóveis perdem seu valor conforme o passar do tempo e a manutenção deles é dispendiosa para a Justiça.

"A alienação antecipada proposta é adequada e proporcional ao caso em concreto. Ressalte-se que o objetivo da alienação antecipada é o de salvaguardar a restituição aos cofres públicos de eventual produto/proveito de crime, de forma que, obviamente, fica resguardado o direito à devolução da quantia em caso de sentença absolutória", escreveu o magistrado da Lava Jato na ocasião.

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