Rodrigo Janot deixa chefia do Ministério Público Federal no dia 17 de setembro; Raquel Dodge assumirá PGR
Marcelo Camargo/Agência Brasil - 25.7.17
Rodrigo Janot deixa chefia do Ministério Público Federal no dia 17 de setembro; Raquel Dodge assumirá PGR

Mesmo sem a conclusão do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da defesa do presidente Michel Temer para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não apresente denúncia contra o peemedebista antes de terminar as investigações sobre os novos áudios dos delatores da JBS, Janot já concluiu a nova acusação contra Temer.

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O julgamento só deverá ser retomado na próxima quarta-feira, quando a nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge já terá assumido o posto. Mas, de acordo com as informações do jornal “ Folha de São Paulo ”, o presidente deverá ser acusado por Rodrigo Janot mesmo assim.

O jornal apurou que Temer será denunciado por crimes de organização criminosa e obstrução de Justiça. A peça elaborada por Janot tem mais de 200 páginas e deverá ser apresentada ao STF até o fim da tarde desta quinta-feira (14).

Mas Temer não será o único citado pelo procurador-geral da República. Integrantes do PMDB da Câmara dos Deputados, que foram alvos do relatório da Polícia Federal para o Supremo, apresentado na segunda-feira (12). Porém, nem todos deverão ser acusados sob a suspeita de dois crimes ou mais.

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O documento terá como base informações citadas em delações de executivos da JBS e do doleiro Lúcio Funaro, que teve delação premiada homologada.

Para sustentar a acusação de obstrução de Justiça, a PGR deverá lembrar o episódio em que Temer, conforme Janot, aprovou que Joesley comprasse o silêncio de Funaro e Eduardo Cunha, presos na Lava Jato. Jpa o crime de organização criminosa se refere a “quadrilha do PMDB na Câmara”, onde a PF aponta Temer como o líder do grupo.

Denúncia

Caso seja apresentada, essa será a segunda denúncia contra o presidente apresentadas por Janot, que já o acusou por corrupção ativa, baseado em depoimentos de empresários da JBS, em contribuições premiadas. O assunto já provocou a prisão de dois colaboradores da empresa, Joesley batista e Ricardo Saud.

Ambos tiveram suas colaborações suspensas pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no STF, porém, para Janot o fato não invalida as provas já obtidas.

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