Os advogados de defesa dos executivos do grupo J&F entregaram os passaportes do empresário Joesley Batista e do diretor de Relações Institucionais do grupo, Ricardo Saud, ambos delatores da Operação Lava Jato . As informações são da TV Globo .
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Os passaportes de Joesley e Saud teriam sido entregues na noite desta sexta-feira (8), mesmo dia em que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o pedido de prisão dos dois executivos, além do ex-procurador Marcelo Miller, que já foi considerado o braço direito do procurador no trabalho da Operação Lava Jato na PGR.
Depois de entregar os documentos, a defesa da J&F , que é controladora da empresa frigorífica JBS, ainda pediu para que os delatores sejam ouvidos pelo ministro do STF Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte. Mas, vale lembrar que ser ouvido por um ministro antes de um mandado de prisão ser decretado não é algo comum na Justiça.
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Ainda segundo a TV Globo
, a solicitação está sob sigilo e nem a PGR nem o STF confirmaram que os passaportes foram enviados.
Pedido de prisão
O procurador-geral da República pediu a prisão preventiva dos delatores da JBS, além do ex-procurador Marcelo Miller. O pedido foi enviado ao Superior Tribunal Federal (STF) na noite desta sexta-feira (8) e será analisado pelo ministro Edson Fachin , relator da Lava Jato na Corte.
A informação é do jornal O Estado de S. Paulo , que afirma que Janot, que abriu um pedido de revogação do acordo dos delatores da JBS, pretende revogar o benefício de imunidade anteriormente concedido aos empresários. A investigação acontece por conta de um áudio anexado equivocadamente pela defesa dos delatores da empresa JBS em documentos enviados à PGR (Procuradoria-Geral da República), que revela que, antes mesmo de deixar o cargo, o ex-procurador Marcelo Miller atuava para garantir os interesses dos executivos.
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Na gravação, os delatores fazem menção a informações passadas por Miller e evidenciam que estavam construindo uma proposta de acordo de delação premiada. Ainda segundo a reportagem do Estadão
, a possibilidade de pedir as prisões preventivas dos investigados já era estudada pelo procurador-geral da República desde o início da semana. A gota d'água teria sido os depoimentos dados por Joesley e Saud na última quinta-feira, que não o convenceram.