Dinheiro encontrado em 'bunker' de Geddel Vieira Lima foi contabilizado na noite desta terça-feira (5)
Divulgação/Polícia Federal
Dinheiro encontrado em 'bunker' de Geddel Vieira Lima foi contabilizado na noite desta terça-feira (5)



A Polícia Federal terminou, no fim da noite desta terça-feira (5), de contar o dinheiro apreendido em um apartamento em Salvador , que, segundo as investigações, “seria supostamente, utilizado por Geddel Vieira Lima [ex-ministro] como ' bunker ' para armazenagem de dinheiro em espécie”.

Após a contagem de todas as notas, concluiu-se que o valor apreendido na Rua Barão de Loreto, residência de um amigo de Geddel , soma R$ 42.643,50 e US$ 2.688 milhões, totalizando, em reais, R$ 51.030.866,40. 

O dinheiro foi encontrado pelos policiais enquanto eles cumpriam um mandado judicial de busca e apreensão – emitido pela 10ª Vara Federal de Brasília – dentro da Operação Tesouro Perdido. Tal operação é um desdobramento da Cui Bono , cuja primeira fase foi deflagrada pela PF em 13 de janeiro deste ano.  Os R$ 51 milhões serão depositados em uma conta judicial.

Ainda de acordo com a Justiça, o apartamento onde todo o dinheiro foi encontrado pertence a Silvio Silveira, um amigo do ex-ministro, que teria cedido o imóvel, para que ele guardasse, “supostamente, pertences do pai, falecido em janeiro de 2016".

Um denúncia anônima, porém, alertou a polícia por telefone que o apartamento no bairro da Graça estarai sendo utilizado para “guardar caixas com documentos”, o que foi constatado após consultas realizadas aos moradores do edifício.

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No documento autorizando a operação, o juiz Vallisney de Souza Oliveira considerou que as práticas precisam ser investigadas “com urgência”, devido aos fatos relacionados a “vultosos valores, delitos de lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e participação de agentes públicos influentes e poderosos”. 

Preso, em casa, e sem tornozeleira

O peemedebista cumpre, atualmente, prisão domiciliar no apartamento da família na Barra, outro bairro nobre de Salvador. Como o estado da Bahia não dispõe de tornozeleira eletrônica, o ex-ministro cumpre a pena sem o equipamento de monitoramento. A Secretaria de Administração Penitenciária da Bahia informou que o contrato com a empresa fornecedora das tornozeleiras prevê a entrega do equipamento até o próximo dia 20.

Geddel Vieira Lima ocupou a Secretaria de Governo da Presidência da República no ano passado, logo após a posse de Michel Temer. Ele deixou o cargo após ser acusado de pressionar o então ministro da Cultura, Marcelo Calero, a liberar uma obra de seu interesse em Salvador . Calero disse à época, em novembro do ano passado, que foi "pressionado" em diversas ocasiões para que o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) liberasse a construção de um empreendimento imobiliário nos arredores de uma área tombada na capital baiana. O então articulador político de Temer tem um apartamento comprado no mencionado prédio.

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* Com informações da Agência Brasil.

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