Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) chama revisão da meta fiscal de
Luis Macedo/Câmara dos Deputados - 14.12.16
Presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) chama revisão da meta fiscal de "jeitinho"

A provável mudança na meta fiscal continua a receber críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Nesta segunda-feira (14), ele declarou que não aceita o aumento de imposto, se referindo à notícia que deverá ser anunciada pelo governo, que pretende aumentar a previsão do rombo nas contas públicas de 2017 e 2018.

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Segundo Rodrigo Maia , essa medida é um “jeitinho” que vai fazer parecer que as “coisas caminham bem”, quando “a gente sabe que não caminham bem”, afirmou o presidente da Câmara.

“Se nós não organizarmos as contas públicas de uma vez, cada vez vai ficar mais difícil no futuro fechar as contas do governo. Porque, se cada vez tem um jeitinho, se cada vez aumenta a meta [fiscal] mais do que precisa, você acaba gerando um gasto desnecessário, um aumento de endividamento desnecessário. Fica parecendo que as coisas caminham bem, mas a gente sabe que não caminham bem”, afirmou Maia.

O governo deverá propor um aumento de R$ 20 bilhões para o teto do rombo das contas públicas neste ano, e em 2018 esse valor deverá chegar a R$ 30 bilhões. Atualmente, o teto é de até R$ 139 bilhões, para 2017 e de até R$ 129 bilhões, no ano que vem.

Maia também informou que deverá se reunir nesta terça-feira (15) com os ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo Oliveira, além de líderes da base aliada para esclarecer aos parlamentares qual a real situação fiscal do país.

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"Pedi que eles apresentassem de forma clara para os líderes da base a situação fiscal do estado brasileiro para que cada um saiba como aumenta a despesa e onde vai buscar receita para cobrir essa despesa. O déficit da Previdência aumenta 40, 50, 60 bilhões de reais por ano. Onde vai se buscar dinheiro?", declarou ele.

Meta fiscal

O anúncio da revisão da meta, que estava programado para essa segunda-feira foi adiado para amanhã. Essa é a segunda vez que o governo adia a divulgação, antes marcada para a última sexta-feira (11).

Para valer, é necessário que o Congresso aprove a proposta do governo. Só assim haverá autorização para que as despesas e superem as receitas com impostos e contribuições em até R$ 159 bilhões nos dois anos.

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