Os ministros que haviam sido exonerados dos seus cargos – para reassumir mandatos como deputados e retornar à Câmara a fim de participar da votação desta quarta-feira (2) sobre a admissibilidade da denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) – retornaram aos cargos nesta quinta-feira (3), completando o jogo de cadeiras do governo do peemedebista.
As nomeações desses dez ministros foram todas publicadas na edição desta quinta-feira do Diário Oficial da União. As exonerações deles haviam sido publicadas no mesmo documento, na edição desta quarta.
Na sessão da Câmara dos Deputados, todos eles votaram pela rejeição da admissibilidade da denúncia contra o presidente pelo suposto crime de corrupção passiva. A maioria dos parlamentares aprovou o relatório do deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), favorável à rejeição da denúncia o que impede que o Supremo Tribunal Federal (STF) investigue Temer .
Quem reassumiu seu cargo foi Antonio Imbassahy, chefe da Secretaria de Governo da Presidência da República; José Mendonça Filho, do Ministério da Educação; Bruno Cavalcanti Araújo, do Ministério das Cidades; Fernando Bezerra, do Ministério de Minas e Energia; Osmar Terra, do Ministério do Desenvolvimento Social; Leonardo Picciani, do Ministério do Esporte; José Sarney Filho, do Ministério do Meio Ambiente; Ronaldo Nogueira, do Ministério do Trabalho; Marx Beltrão, do Ministério do Turismo; e Maurício Quintella, do Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil.
Agenda do presidente
Após a agenda intensa de reuniões e compromissos com parlamentares nos últimos dias, o único compromisso do presidente Michel Temer previsto para esta quinta-feira é um despacho interno pela manhã. A agenda pode sofrer alterações com a inclusão de compromissos ao longo do dia.
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Na noite desta quarta-feira, logo após ser confirmada a sua vitória na Câmara, o presidente disse que, com a rejeição da denúncia contra ele, seguirá com as reformas e ações que julga necessárias para modernizar e melhorar o País.
Manobra recorrente
Ainda no mandato de Temer, esta não foi a primeira vez que essa manobra foi utilizada para votar em matéria de interesse do governo.
Afinal, em outubro do ano passado, Temer exonerou dois dos seus homens de confiança para que votassem a proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê um teto para os gastos públicos. Além disso, em abril deste ano, o presidente usou o mesmo recurso na votação do projeto da reforma trabalhista, que foi aprovada.
Também em abril, Temer havia decidido que ministros retornariam mais uma vez à Câmara para participar da votação em plenário da PEC da Reforma da Previdência. Prevista inicialmente para ser colocada em pauta em maio, a PEC ainda não foi levada ao plenário.
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* Com informações da Agência Brasil.