O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMP) aprovou nesta terça-feira (25) orçamento de R$ 1,65 milhão para a força-tarefa de procuradores que atuam na Operação Lava Jato em Curitiba. O valor representa mais que o triplo dos R$ 522 mil inicialmente previstos.
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A ampliação dos recursos disponíveis para o grupo de procuradores da Lava Jato em 2018 foi aprovada por unanimidade pelos 11 conselheiros do CSMP. A medida atende à necessidade percebida já neste ano, quando o orçamento previsto para a força-tarefa de Curitiba era de R$ 501 mil e acabou sendo ampliado para R$ 1,2 milhão. A maior parte dos recursos é empregada no custeio de diária e passagens aéreas para procuradores e servidores do MPF .
O Conselho precisou retirar verbas de outras áreas do MPF para readequar o orçamento do grupo que atua na capital do Paraná. Desse modo, foram reduzidos o orçamento para concursos e o reajuste dos valores de diárias.
A medida foi proposta pelo vice-procurador-geral da República, José Bonifácio de Andrada, relator do orçamento do Ministério Público Federal, atendendo integralmente o que havia sido solicitado pelos procuradores em Curitiba.
Bonifácio afirmou que a medida visa "enviar uma mensagem positiva para a sociedade e a mídia", bem como “garantir a segurança” da atuação da força-tarefa, tendo em vista o “interesse público”.
Indicada pelo presidente Michel Temer para assumir a Procuradoria-Geral da República (PGR) a partir de setembro, Raquel Dodge deu sinal verde para que os demais conselheiros do CSMP acatassem a sugestão de Bonifácio, que também contou com o apoio do atual chefe da PGR, Rodrigo Janot .
“Essa seria realmente uma indicação muito positiva. Acho realmente um bom sinal, uma boa sinalização, que demonstra a todos que o Ministério Público não abre mão das investigações em curso na Lava Jato”, disse Janot.
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Lava Jato fortalecida
Na semana passada, Raquel Dodge enviou ofício questionando suposta redução do orçamento da Lava Jato na proposta inicial apresentada por Janot, que era de R$ 522 mil.
Em resposta, Janot negou que tivesse reduzido os recursos para os servidores do MPF que atuam na operação, afirmando que o orçamento inicial serviria como base referencial, podendo ser objeto de suplementações, como de fato ocorreu com o orçamento deste ano.
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*Com informações e reportagem da Agência Brasil