CSMPF, que decidiu a questão da força-tarefa da Lava Jato, é presidido por Rodrigo Janot, e integrado por Raquel Dodge
Antonio Cruz/Agência Brasil - 27.7.2015
CSMPF, que decidiu a questão da força-tarefa da Lava Jato, é presidido por Rodrigo Janot, e integrado por Raquel Dodge

O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) autorizou, nesta terça-feira (25), a prorrogação das atividades da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.  Agora, ela  seguirá ativa por mais seis meses.

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A decisão foi tomada de maneira unânime por todos os 11 membros do conselho. Criada em junho de 2016, a força-tarefa da Lava Jato no Rio foi criada em junho de 2016 para trabalhar em 20 processos sobre desvios na Eletronuclear, subsidiária da Eletrobrás, cuja sede fica no estado. De início com três procuradores, o grupo conta hoje com 10.

O CSMPF é presidido pelo procurador-geral da República (PGR), Rodrigo Janot, e integrado também por sua sucessora, Raquel Dodge, que assumirá o comando da PGR em setembro.

A decisão desta terça-feira prorrogou por mais seis meses a dedicação exclusiva de cinco procuradores que atuam na força-tarefa da operação no Rio, que nos últimos meses passou a cuidar também de outras dezenas de processos oriundos das investigações sobre desvios na administração do ex-governador Sérgio Cabral.

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Durante a reunião, Janot elogiou a indicação de Dodge como sua sucessora, destacando que o Ministério Público passará pela primeira vez a ser comandado por uma mulher.

Força-tarefa em São Paulo

Na semana passada, a PGR autorizou a criação de uma força-tarefa para a operação em São Paulo. A decisão, anunciada na última quinta-feira (20), foi tomada após pedido do MPF.

O grupo será composto por quatro procuradores e atuará em investigações relacionadas à delação de executivos da empreiteira Odebrecht, em casos declinados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para a Justiça Federal na capital paulista.

A PGR informa que a força-tarefa recém-formada se diferencia da conhecida estrutura existente em Curitiba, visto que os procuradores de São Paulo não terão dedicação exclusiva à operação, acumulando seus demais procedimentos.

O anúncio sobre a criação da força-tarefa em São Paulo ocorreu um dia depois de o procurador-geral da República,  Rodrigo Janot , declarar que o orçamento da operação para o ano que vem está “garantidíssimo”. A afirmação foi uma resposta à sua sucessora, Raquel Dodge, que havia questionado a PGR sobre uma eventual redução na verba em 2018.

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Inicialmente, a força-tarefa da Lava Jato em São Paulo será composta pelos procuradores da República Thiago Lacerda Nobre, José Roberto Pimenta Oliveira, Anamara Osório Silva e Thaméa Danelon Valiengo. Pimenta, Anamara e Thaméa integram também o Núcleo de Combate à Corrupção da Procuradoria em São Paulo.

* Com informações da Agência Brasil.

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