O presidente da República, Michel Temer (PMDB), afirmou, nesta terça-feira (11), que seja qual for a decisão da Câmara dos Deputados sobre a denúncia de corrupção passiva apresentada contra ele, o resultado será respeitado.
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“Não é hora de dúvida, de receios, a hora é de respostas rápidas”, disse o presidente. "Reitero sempre que a Câmara, nesta semana, tem uma importantíssima decisão para tomar e eu respeitarei qualquer que seja a decisão", afirmou Michel Temer .
Tal declaração foi feita durante um discurso de aproximadamente 20 minutos, na solenidade do anúncio de financiamentos ao agronegócio.
Na fala, o presidente comentou a votação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara, do pedido sobre a continuidade ou não da denúncia
de corrupção passiva contra ele feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Além disso, Temer disse que a melhora nos indicadores econômicos é mérito da agenda de reformas “urgentes, mas com responsabilidade” promovida por ele.
“Costuma-se dizer que se a economia vai bem, não precisa de governo. Precisa sim”, afirmouo peemedebista. “É este governo que está colocando os trens nos trilhos, para que quem chegar em 2019 possa apanhar a locomotiva com os trilhos no lugar.”
O presidente reconheceu a existência de “uns poucos protestos” contra as reformas estruturais propostas pelo governo, mas que “a caravana vai passando, nós somos a caravana, vamos passando. Temos que continuar”.
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Por fim, o presidente disse contar com o apoio do Congresso Nacional, que, segundo ele, “e se Deus quiser” deve aprovar nesta terça-feira o texto da reforma trabalhista no plenário do Senado.
Dança das cadeiras
Nesta segunda (10), o relator do pedido da PGR contra o presidente na CCJ, deputado Sérgio Zveiter (PMDB-RJ), leu parecer favorável a que a Câmara dos Deputados autorize o Supremo Tribunal Federal (STF) a dar continuidade à denúncia contra o presidente.
Após pedido de vistas coletivo, a apreciação do assunto fica interrompida por duas sessões da CCJ , e deve voltar a ser discutido na quinta-feira (13).
O presidente precisa de ao menos 34 votos a favor dos 66 deputados titulares da CCJ para derrotar o parecer do relator e conseguir levar um outro relatório, favorável ao arquivamento da denúncia, ao plenário da Câmara, que dará a palavra final sobre o tema.
Para que a denúncia continue a tramitar no STF, é preciso voto favorável de ao menos 342 deputados.
Os dias que precederam a reunião desta segunda-feira foram marcados por manobras de aliados do presidente Temer, que trocaram ocupantes de vagas na CCJ para beneficiar o peemedebista.
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Ao todo nove vagas de titulares foram trocadas na comissão nos últimos 15 dias, quatro delas no PR, e uma nos seguintes partidos: PMDB, PRB, PTB, SD, e PSD. Suplentes também foram trocados, mas seus votos só contam caso o titular do partido falte no dia da votação sobre a denúncia de Michel Temer.
* Com informações da Agência Brasil.