A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) não deixou a data que marca um ano de Michel Temer (PMDB) na Presidência da República passar em branco. Por meio de sua conta no Twitter, a petista divulgou nesta sexta-feira (12) uma lista elaborada pelo grupo de ativistas Alerta Social listando "365 direitos perdidos" durante a gestão de Temer.
O processo de impeachment contra Dilma foi concluído em agosto do ano passado, mas a petista deu lugar a seu então vice-presidente há exatamente um ano, no dia 12 de maio de 2016, quando o Senado Federal decidiu dar prosseguimento ao processo iniciado na Câmara dos Deputados.
Ao divulgar a lista de "direitos perdidos" formulada pelo grupo de ativistas, pesquisadores e gestores, Dilma voltou a se referir ao processo de impedimento como "golpe". "Um ano de golpe, um golpe por dia", escreveu a ex-presidente em sua conta no Twitter.
A relação de 365 fatos considerados negativos relacionados à gestão de Michel Temer é aberta com a "suspensão da efetividade do voto popular", relacionada ao impeachment em si. São elencados também fatos como a falta de mulheres na composição da equipe de governo do peemedebista, o diálogo em que o ex-ministro Romero Jucá sugere um "grande acordo nacional" para barrar a Lava Jato" e a aprovação da PEC que firma um teto para os gastos públicos.
Alguns dos " 365 direitos perdidos" listados na relação se repetem em alguns momentos. É o caso da aprovação da lei que libera a terceirização irrestrita, aprovada neste ano pela Câmara dos Deputados. Informações relacionadas à tramitação e aprovação do projeto ocupam 7 dos 365 fatos, por exemplo. Você pode conferir a lista completa neste link .
Um ano de Temer
O presidente Michel Temer convocou nesta sexta-feira um evento no Palácio do Planalto para celebrar seu primeiro ano na Presidência da República. Temer ressaltou o que considera bons resultados, pediu a pacificação do País e reafirmou que o foco no trabalho é a principal motivação da sua gestão.
A gestão do peemedebista no posto ora ocupado por Dilma é marcada, até o momento, pela adoção do ajuste fiscal na economia, com a definição de um teto para os gastos públicos, e pelo envio das reformas da Previdência, trabalhista e do Ensino Médio para o Congresso Nacional.
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