Greve geral contou com atos em todas as capitais brasileiras, além de Brasília; houve bloqueios em rodovias
Divulgação/CUT-RS
Greve geral contou com atos em todas as capitais brasileiras, além de Brasília; houve bloqueios em rodovias

A equipe de governo do presidente Michel Temer avaliou a greve geral realizada nesta sexta-feira (28) como um "fracasso", segundo afirmou o ministro da Justiça, Osmar Serraglio. A paralisação de trabalhadores ocorre desde o início da manhã em protesto contra medidas promovidas pelo governo federal, como as reformas trabalhista e da Previdência. As manifestações e a greve de trabalhadores prejudicou o transporte público  ao longo do dia em todas as capitais brasileiras , além de Brasília, no Distrito Federal, e contou com bloqueios em rodovias em várias cidades do País.

O presidente Michel Temer ainda não se manifestou a respeito da paralisação de trabalhadores e protestos ocorridos nesta sexta-feira. Já o ministro Osmar Serraglio, em declaração dada à Agência Brasil, disse que o governo constatou o "fracasso" da greve geral ao observar que o movimento de rua foi "restrito aos grandes centros".

“Eu avalio com otimismo. Nós tínhamos a expectativa de uma manifestação muito expressiva e isso não aconteceu”, disse o chefe da pasta da Justiça. Serraglio relatou estar no interior do Paraná, onde disse que “está tudo absolutamente normal” – uma demonstração de que o movimento não ganhou adeptos no interior do país.

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Ainda de acordo com o ministro, as centrais sindicais utilizaram a estratégia de paralisar os serviços de transportes, o que impossibilitou muitos trabalhadores de comparecerem aos serviços hoje. “Essa foi uma estratégia das centrais, o que demonstra que a greve não foi real. Se fosse uma greve real não haveria necessidade disso porque não haveria demanda pelo transporte, as pessoas estariam paralisadas”, disse.

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Força às reformas

Para Serraglio, a baixa adesão da população dá força às reformas e provoca uma pressão no Congresso Nacional no sentido inverso ao pretendido pelos sindicalistas. Na opinião dele, se não houve um grande movimento, um sinal que a população passa é de apoio às reformas do governo. “A população está desejando que se arrume o País”, avaliou.

Segundo o ministro, a greve não aponta críticas a pontos da reforma da Previdência ou trabalhista, e sim contra a realização das reformas como um todo. “Não tem como pensar a solução para o País sem as reformas. As pessoas responsáveis sabem que são necessárias."

Serraglio disse que está monitorando os atos que ainda ocorrem em todo o Brasil e o Ministério da Justiça está acompanhando em conjunto com secretarias de Segurança Pública para tentar evitar situações de violência no fim dos atos. Para ele, os confrontos entre manifestantes e policiais, a exemplo do que aconteceu no centro do Rio de Janeiro , traduz uma tentativa de “criar um fato”.

“São táticas de provocação. Quanto menos têm sucesso, mais provocam para criar um fato. Colocam 20 pessoas em confronto, alguém se vitimiza e vira notícia”, afirmou.

No Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer conversou com os ministros Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Dyogo Oliveira (Planejamento) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), em reuniões ao longo do dia e fez com eles uma avaliação do alcance das manifestações e da adesão à greve. A constatação, conforme mencionado por Serraglio, é que a mobilização foi menor do que se esperava.

Mensagem no Dia do Trabalho

Temer gravou hoje uma mensagem que será divulgada na segunda-feira (1º), Dia do Trabalho. A mensagem será divulgada apenas pela internet. Nela, o presidente vai defender as reformas trabalhista e previdenciária, que o governo considera fundamentais para a geração de empregos e o crescimento econômico.

*Com informações e reportagem da Agência Brasil

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