Mulher de Cabral, Adriana Ancelmo foi presa em dezembro do ano passado em um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio
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Mulher de Cabral, Adriana Ancelmo foi presa em dezembro do ano passado em um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio

A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) decidiu nesta quarta-feira (26) revogar a prisão domiliar de Adriana Anselmo, mulher de Sérgio Cabral . Com a decisão, a ex-primeira-dama do Rio de Janeiro deverá ser levada de volta ao Complexo Penitenciário de Gericinó.

Adriana Anselmo foi presa no ano passado no âmbito da Operação Calicute, um dos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro. Ela havia passado para o regime de prisão domiciliar após alegar que seus filhos estavam sozinhos em casa, uma fez que o ex-governador do Rio e pai das crianças, também foi preso por suspeita de esquema com construtoras.

O colegiado de desembargadores do TRF2 aceitou no julgamento desta quarta-feira recurso apresentado pelo Minsitério Público Federal, por meio da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2). Os procuradores alegavam que as causas que originaram a prisão da ex-primeira-dama do Rio "não somente permanecem inalteradas como também ganharam robustez" com o prosseguimento das investigações da força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, não havendo razões para conversão em domiciliar.

O MPF também considerou a prisão preventiva como "essencial" para encerrar a prática de lavagem de dinheiro, uma vez que Adriana poderia usar a internet para a prática em sua casa. “Apesar das medidas de precaução determinadas, vedando o acesso a meios de comunicação, a difícil fiscalização do cumprimento torna evidente o risco de ela acessar e movimentar o patrimônio oculto por Cabral.”

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Nova derrota da ex-primeira-dama

Esta já é a segunda vez que o TRF2 revoga a prisão domiciliar  da ex-primeira-dama do Rio. Ela ganhou da 7ª Vara Federal Criminal o direito de responder às acusações em casa, mas o TRF2 suspendeu essa medida dias depois. O Tribunal, no entanto, acabou vencido por decisão da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Na ocasião, a magistrada do STJ entendeu que o recurso do MPF foi inadequado e restaurou a decisão da 7ª Vara Federal do Rio. Maria Thereza não analisou o mérito das alegações sobre os filhos de Adriana e Sérgio Cabral ao proferir sua decisão.

Adriana Anselmo é acusada de envolvimento em crimes de corrupção praticados pelo seu marido e por outras pessoas, inclusive com a utilização de seu escritório de advocacia para receber altas quantias de propina.

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