Segundo o presidente Michel Temer, governo não irá negociar a proposta de fixar idade mínima em 65 anos
José Cruz/Agência Brasil - 6.4.2017
Segundo o presidente Michel Temer, governo não irá negociar a proposta de fixar idade mínima em 65 anos

Após almoço no Palácio do Itamaraty com o Rei Carlos Gustavo e a Rainha Sílvia, da Suécia, o presidente Michel Temer (PMDB) negou que o governo esteja recuando ao aceitar negociar pontos da Reforma da Previdência com o Congresso. A declaração foi dada durante rápida coletiva de imprensa nesta quinta-feira (6).

Leia também: Sem reforma da Previdência, Brasil paralisará em sete anos, diz Temer

“Eu autorizei o nosso relator, deputado Arthur Maia, a fazer as negociações que fossem necessárias e depois, ao final, nós anunciaríamos o que tiver sido ajustado. Vai levar uns dias aí, mas já está autorizado. Prestar obediência ao que o Congresso Nacional sugere, não pode ser considerado recuo. Nós estamos trabalhando conjugadamente”, disse Temer, a respeito das reuniões do governo com os parlamentares.

Durante o período da manhã, Temer participou de encontro com congressistas da base aliada para discutir o tema. Nas reuniões, o presidente, juntamente com ministros e com o deputado Arthur Maia, definiram cinco pontos da reforma que o Planalto aceitou negociar e flexibilizar com os parlamentares.

Leia também: Planalto tem placar apertado e corre risco de enterrar reforma da Previdência

Como já vinha sendo exposto pela União e pelo próprio Maia, a idade mínima de 65 anos para ter direito à aposentadoria não é negociável. Segundo Temer, é certo que “o problema central é o problema da idade”. Ainda na saída do Itamaraty , o presidente disse que os pontos que o Planalto se propõe a negociar não devem, a princípio, impactar o orçamento. “Nós vamos analisar as mudanças para saber se têm alguma repercussão de natureza fiscal. Aparentemente não”.

A previsão é que o relatório de Maia seja apresentado até a próxima quarta-feira (12) à Comissão Especial de Reforma da Previdência , presidida pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS).

Propagandas

Na quarta-feira (5), o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu a decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) que proibia a veiculação de peças publicitárias  referentes à PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que visa promover a reforma da Previdência Social.

A solicitação para que as propagandas fossem liberadas foi feito pela AGU (Advocacia-Geral da União), que argumentou que a proibição “ofendeu o poder-dever de administração pública dar a devida publicidade a seus atos e ações de interesse da sociedade”.

Por meio da AGU, o governo justificou que as duas decisões judiciais anteriores que impediram a divulgação das propagandas não continham indicações de que as peças publicitárias faziam menções a nomes, partidos políticos, símbolos ou imagens que pudessem caracterizar a promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos envolvidos com a reforma da Previdência.


* Com informações da Agência Brasil

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!