Ação contra chapa que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer no TSE é movida pelo PSDB e pela Coligação Muda Brasil
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Ação contra chapa que elegeu Dilma Rousseff e Michel Temer no TSE é movida pelo PSDB e pela Coligação Muda Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai investigar o novo vazamento de informações prestadas por Marcelo Bahia Odebrecht em seu depoimento à Justiça Eleitoral. O ex-presidente e herdeiro da construtora foi ouvido no âmbito da ação contra Dilma e Temer no primeiro dia deste mês e, apesar de determinado o sigilo, não levou 24 horas até que trechos de seu depoimento passaram a ser noticiados .

A decisão de apurar internamente os vazamentos foi proferida na noite desta quinta-feira (23) pelo juiz do TSE Bruno César Lorencini, auxiliar do corregedor-geral eleitoral, ministro Herman Benjamin, que é o relator da ação que investiga suposto abuso de poder político e econômico na campanha que reelegeu Dilma Rousseff e seu vice, Michel Temer, na eleição presidencial de 2014.

O juiz atendeu a pedido da defesa de Dilma, que solicitou também o envio de ofício ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que ele “adote as medidas investigatórias cabíveis”.

"Verifico que, na data de hoje [quinta-feira], realmente foram veiculados em canal de comunicação trechos de depoimentos que estavam, por determinação judicial expressa, resguardados pelo sigilo processual, encontrando-se acessíveis apenas às partes, ao Ministério Público e, de forma limitada e restrita a trechos em que mencionados, aos partidos políticos identificados na decisão de 14/03/2017", escreveu o magistrado em sua decisão.

Os depoimentos de Marcelo Bahia Odebrecht e outros delatores da construtora estavam sob segredo de Justiça  por imposição do acordo de colaboração que os ex-executivos da empreiteira fecharam com o Ministério Público Federal no âmbito da Lava Jato.

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Vazamentos

A nova série de vazamentos incluiu a divulgação de trechos inteiros do depoimento de Marcelo Odebrecht. De acordo com reportagem exibida pela TV Globo, o empreiteiro afirmou à Justiça Eleitoral que a ex-presidente Dilma tinha conhecimento das doações feitas por meio de caixa dois à campanha do PT à reeleição.

Em nota, a defesa de Dilma Rousseff alega que a petista tinha "desconfiança" de Marcelo Odebrecht e, por isso, "não tem e nunca teve qualquer relação próxima com o empresário, mesmo nos tempos em que ela ocupou a Casa Civil no governo Lula". 

A ação conta Dilma e Temer é movida pelo PSDB e pela Coligação Muda Brasil. Caso o TSE considere que houve ilegalidades na campanha que elegeu a dupla, a petista ficará inelegível pelo período de oito anos, enquanto Michel Temer terá o mandato como presidente da República cassado.

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