Apesar do retorno de Eliseu Padilha, a permanência do ministro no governo de Temer ainda é incerta
Antônio Cruz/ Agência Brasil - 12.05.2016
Apesar do retorno de Eliseu Padilha, a permanência do ministro no governo de Temer ainda é incerta

O ministro Eliseu Padilha retorna à Casa Civil nesta segunda-feira (13). Seu primeiro compromisso deve ser uma reunião com o presidente da República Michel Temer, para decidir se ele vai se manifestar publicamente após ter sido mencionado por José Yunes, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer, em depoimento ao Ministério Público no mês passado.

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Eliseu Padilha foi submetido a uma cirurgia de próstata no último dia 27, durante o Carnaval, no hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Apesar do retorno, a permanência do ministro no governo ainda é incerta.

Sua licença médica, que se encerraria na segunda-feira passada (6), foi estendida por uma semana. Em setembro último, o ministro foi internado por problemas de pressão arterial.

Mar de acusações

De atestado médico desde o dia 20, Padilha é alvo de uma representação do PSOL na Procuradoria-Geral da República , que pode abrir um inquérito para apurar denúncias contra o chefe da Casa Civil de Temer.

No fim do mês passado, o ex-assessor de Temer José Yunes relatou que recebeu um pacote  em seu escritório a pedido de Padilha, no fim de 2014. Esse pacote posteriormente foi retirado pelo lobista Lúcio Funaro, apontado pelos procuradores da Lava Jato como operador de propinas do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha.

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A versão coincide com fatos narrados pelo ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho. Em depoimento prestado no acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, Melo Filho diz que a construtora repassou R$ 10 milhões para campanhas do PMDB em 2014 "via Padilha", que é apontado por ele como "preposto de Temer".

Procurada pela reportagem do iG à época dos fatos, a assessoria de Eliseu Padilha informou que o ministro não iria comentar as denúncias envolvendo seu nome. Hoje, no entanto, sua postura pode ser diferente. Tudo depende da reunião do ministro com o presidente Temer.

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*Com informações da Agência Brasil

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